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segunda-feira, 25 de junho de 2012

Já temos informações dos dois lados, agora é só conferir a veracidade e confirmação dos fatos hoje, realizou, ou não?

Recuperação ambiental da Lagoa de Araruama
Desde a criação do CILSJ em dezembro de 1999, a recuperação ambiental da Lagoa de Araruama é um assunto prioritário na pauta das reuniões da Plenária de ONG's e do Grupo Executivo da Lagoa de Araruama. E desde esta época o CILSJ tem realizado projetos e atividades neste campo. Todavia, a solução não é simples, mas pequenos e decisivos passos são dados mês a mês para que possamos ver, numa data bem próxima, a Lagoa de Araruama em melhores condições ambientais.
Procurando deixar a população mais informada sobre o que tem sido feito para o alcance deste objetivo, criamos este resumo que informará o andamento de cada ação que estiver sendo realizada.
Quais são os problemas da lagoa de Araruama ?
A lagoa tem muitos problemas, alguns com mais de um século, causados pela alteração da orla pelas salinas (Veja uma apreciação completa sobre os problemas neste site). O CILSJ decidiu atacar os dois principais problemas: a poluição por esgoto e o assoreamento da lagoa e do canal de Itajuru.
Quais os problemas causados pelo esgoto?
Com o aumento populacional das cidades às margens da Lagoa e a falta de esgotamento sanitário nestas cidades, a Lagoa de Araruama tornou-se o principal corpo receptor dos detritos produzidos por elas. Após a construção da Ponte Rio Niterói, o crescimento das cidades foi explosivo. Em 1998 as empresas Prolagos e Águas de Juturnaíba assinaram com o Governo do Estado um Contrato de Concessão dos serviços de água e esgoto para estas cidades, se responsabilizando pelo fornecimento de água e a coleta e tratamento do esgoto.
Como o fornecimento de água era, na época, o principal problema para um maior desenvolvimento da região, os contratos de concessão deram prioridade a ele deixando a questão do esgotamento sanitário em segundo plano. Para se ter idéia, a obrigatoriedade de pequeno tratamento de esgoto foi estabelecida somente a partir de 2006 para as Águas de Juturnaíba e 2001 para Prolagos.
Se a situação antes era ruim, com a melhoria do abastecimento de água nas cidades, a produção de esgoto lançado nas águas pluviais aumentou. O esgoto, ao atingir as águas da lagoa, degradou várias partes da mesma, pois estimulou o crescimento explosivo das algas, além de provocar mal cheiro, turvar a água e ajudar a diminuir a salinidade da lagoa, favorecendo a multiplicação de microorganismos.
Com isso, algumas praias em Araruama, São Pedro da Aldeia e Cabo Frio ficaram impossibilitadas para o banho, o que afugentou os turistas, causou o fechamento de bares e restaurantes, prejudicou a pesca e acarretou a desvalorização de imóveis, provocando desemprego.
O que esta sendo feito para reduzir o volume de esgoto que chega na lagoa ?
Desde 1999, através da Secretaria Executiva, dos Prefeitos e das ONG’s, o Consórcio tem negociado com a ASEP a mudança nos contratos de concessão visando a antecipar as obras de esgotos. Para amparar seus argumentos, o CILSJ promoveu e contratou estudos que demonstraram o impacto ambiental do esgoto e indicaram os locais prioritários a serem atacados. Finalmente, após 27 meses de pressão, foi conseguida junto a ASEP a repactuação dos Contratos de Concessão, nos termos descritos adiante.  
A Prolagos que atende as cidades de Iguaba Grande, São Pedro da Aldeia, Cabo Frio e Búzios teve a repactuação de seu contrato assinada em 2002 representando a antecipação de investimentos da ordem de R$ 55.000.000,00. As obras de esgotamento realizadas nas cidades atendidas pela Prolagos encontram-se em fase de finalização e a empresa prevê que até o final de 2003 já esteja com as Estações de Tratamento de Esgoto e sistemas coletores em funcionamento, evitando que 85% de esgoto chegue a Lagoa. Clique no link e conheça o Cronograma de Retomada das obras da Prolagos. Em breve !
A Concessionária Águas de Juturnaíba que atende as cidades de Araruama, Saquarema e Silva Jardim, só foi assinado no dia 01 de agosto de 2003, totalizando 39 meses de espera. Mudanças na estrutura do governo estadual atrasaram muito o início das obras que já estavam planejadas pela empresa aguardando somente a assinatura para sair do papel. 
O reequilíbrio do contrato da Águas de Juturnaíba representa investimentos de R$ 12.000.000,00 em tratamento de esgotos e, pelo cronograma anteriormente apresentado, em 8 meses, boa parte das obras já estarão finalizadas, completando assim a captação e tratamento da maior parte do esgoto que é atualmente lançado na lagoa de Araruama. Clique no link e conheça o Cronograma das obras da Águas de Juturnaíba. Em breve !
Veja na imagem se satélite abaixo a localização das obras.

Obras de Esgotamento

ETEs - Estações de Tratamento
Como o CILSJ pretende acompanhar as obras?
As comissões de saneamento do CILSJ, a Câmara de Saneamento da ASEP, FEEMA e a SERLA  vêm realizando constantes visitas para o acompanhamento e verificação das obras da Prolagos.
Qual a meta do Consórcio?
A meta traçada pelo CILSJ é devolver a qualidade de água adequada para banho (Classe II da Resolução CONAMA) a todas as praias da orla norte da lagoa, em especial as praias do Barreiro, Areal, Hospício, Araruama, Pontinha, dos Amores, Barbudo, Iguaba, Linda, São Pedro, Pitória, o Arrastão, Mossoró e Baixo Grande; e ainda das praias do Siqueira, dos Coqueiros, do Portinho, São Bento e da Ilha do Japonês.    
Quando a meta será atingida e qual o impacto benéfico das obras?
O CILSJ não sabe responder em detalhes qual será o impacto ambiental das obras de esgotamento sanitário, pois não dispõe de sofisticados modelos matemáticos que permitam traçar cenários de qualidade de água. Com base em nossa experiência e estudos podemos antever que caso as obras sejam realizadas sem atraso, já no próximo verão haverá uma melhora significativa da qualidade da água, posto que mais de 80 % do esgoto estará eliminado. Mas somente no verão de 2005 é que provavelmente as praias atingirão a qualidade de água anteriormente mencionada, ou no mínimo, ficarão satisfatórias e aprovadas para banho. A dúvida que prevalece é qual o tempo que os organismos que vivem na lagoa de Araruama levarão para consumir o lodo acumulado que permanecerá no fundo da lagoa e como os 20 % remanescentes de esgoto serão absorvidos.
Quais os problemas causados pelo assoreamento?
Outro sério problema da Lagoa é o assoreamento, ou seja, a perda de profundidade. Há anos, grandes volumes de areia fornecido pelas dunas desprovidas de vegetação, situadas na restinga de Massambaba, são arrastadas para dentro da lagoa pelos fortes ventos. Ao chegar na lagoa, as correntes e ondas empurram e depositam a areia, formando grandes bancos submersos, além de ampliarem os esporões. Esse assoreamento foi agravado ainda mais pelas dragagens para retirada de conchas que por mais de 60 anos foram realizadas na lagoa.
Para piorar, o canal de Itajuru vem sendo a mais de um século aterrado por salinas e, mais recentemente, nas décadas de 70 e 80, por condomínios e marinas, perdendo cerca de 50% de sua área. Raso, chegou a ter pontos onde a lâmina d'água mal ultrapassava alguns centímetros, como na região do Baixo Grande. O canal de Itajuru é vital para a saúde da lagoa. Mal comparando, é como se a lagoa fosse um paciente que estava com sua coronária entupida.   
O assoreamento do canal e da lagoa dificulta a circulação interna da água e reduz a entrada da água do mar e de peixes para o interior de mesma. A renovação da água ficou lenta demais, e todos os poluentes ficaram presos. O Estudo Hidrodinâmico da Lagoa realizados pela Coppetec - UFRJ em 2001, demonstrou a necessidade de dragagens corretivas para melhorar a circulação da água. O CILSJ estima que,  se nada fosse feito, em cerca de 10 à 20 anos a Lagoa poderia se sub-dividir em 11 pequenas lagoas. Estima-se ainda que a renovação completa de água na Lagoa, que na década de 80 era de 160 dias, seja hoje de mais de 300 dias. 
O que o Consórcio já fez?
Através da pressão das ONG's do Consórcio e da ação firme da FEEMA, a extração de conchas pelos moageiros está totalmente extinta, não sendo mais considerada uma atividade econômica da lagoa. O fato de a Lagoa ser considerada pela Constituição do Estado uma Área de Preservação Permanente impede qualquer discussão a cerca da manutenção destas atividades. A Álcalis, principal empresa de extração de conchas no passado, foi a primeira a encerrar suas atividades de extração e passou contribuir para o desassoreamento da lagoa cedendo suas dragas além de fazer a manutenção das mesmas para a retirada de areia dos seus pontos críticos. 
Quais as metas e o que o Consórcio esta fazendo?
A metas do Consórcio são:
·           reduzir em pelo 50% o tempo de renovação das águas, chamado pelos cientistas de “tempo de residência” (ampliando o volume de entrada do mar via canal de Itajuru, nos períodos de maré alta e o volume de saída de água da lagoa para o oceano nos períodos de maré baixa);
·           aprofundar os canais naturais de circulação de água nas diversas enseadas, favorecendo a mistura das águas no interior das mesmas;
·           aprofundar as passagens apertadas (melhoria do habitat), para possibilitar um trânsito maior de peixes, camarões e outros animais do mar para a lagoa e vice-versa;
·           possibilitar a livre navegação de embarcações com calado alto, favorecendo o lazer e o turismo;         
Para atingir as metas o Consórcio decidiu atacar o canal de Itajuru num primeiro momento. Os serviços execução contam com o apoio das Prefeituras de Cabo Frio, São Pedro da Aldeia e da Companhia Nacional de Álcalis, sendo em linhas gerais os seguintes:
·           construir um canal de 3 metros de profundidade entre Boqueirão e a barra do canal de Itajuru, de acordo com o Estudo Hidrodinâmico da Lagoa e seguindo ainda o projeto proposto pela Serla.
Canal do Itajuru sem a dragagem

Canal do Itajuru dragado
 
Draga em funcionamento
Posteriormente, planeja-se executar os seguintes serviços:
aprofundar o canal do Boqueirão em ambos os lados da ilha das Pombas;
aprofundar o canais de ligação em frente a ponta do Anzol e das Cabras;
Isto será suficiente? 
Não, outras ações terão que ser executadas. Mas a dragagem ataca o principal problema e o impacto em termos de melhoria da qualidade da água será grande. Vale mencionar que este serviço é uma grande conquista do Consórcio. Só a união das Prefeituras, da Álcalis, das ONG’s, da FEEMA e da SERLA possibilitou que uma obra desta envergadura, que normalmente custa milhões de reais, fosse feita com baixíssimos custos, sem onerar os cofres das Prefeituras e do Estado. 
Como dissemos, é preciso fazer uma “limpeza e desobstrução” gradual do canal de Itajuru, removendo todos os obstáculos que atrapalham o movimento das águas. Em futuro próximo, precisaremos viabilizar maneiras de retirar os marnéis de salinas do canal e das enseadas das Palmeiras e Maracanã; remover as armadilhas de peixes e os pilares da adutora da Prolagos, que favorecem o assoreamento, e ainda ampliar o vão da ponte Vitorino Carriço (ponte da RJ 140).  Com isso, a coronária da lagoa ficará desentupida e a lagoa voltará a respirar como antes.   Por fim, será preciso deixar o canal livre de novas obras que atrapalhem o movimento das águas. Vale mencionar que a Lei Estadual 2.717 de 24/04/97 proíbe, construir, a qualquer titulo, dispositivos que resultem em obstrução, ainda que parcial, de canal de irrigação da lagoa para o mar, ou em alteração e desfiguração da configuração natural e de seus entornos (art.1°).    
E a ponte no Baixo Grande que estrangula o fluxo da água?
Outra ação do CILSJ para a melhoria da circulação e renovação das águas da Lagoa de Araruama é o projeto de remodelação da ponte da RJ 140 (na entrada de Cabo Frio), permitindo o aumento do atual vão de 30m para 300m possibilitando com isso  uma maior vazão de entrada de água na lagoa. O projeto, que será realizado em parceria com o DER, permitirá também a navegabilidade do Canal do Itajuru, permitindo a circulação de barcos de maior calado e altura desde o mar ao interior da lagoa. O CILSJ esta buscando recursos para viabilizar a contratação do projeto básico da obra e sua construção. Com a construção da ponte, será possível deslocar a adutora para que esta passe pela ponte.
E as margens da lagoa de Araruama precisam ser restauradas?
De fato, as margens da lagoa precisam ser restauradas. Faz-se necessário um grande projeto de tratamento paisagístico e recuperação ambiental em toda a orla, incluindo padronização de quiosques, engorda de praias erodidas, demolição de ocupações irregulares e de marachas, pneus, manilhas, muros e atracadouros inadequados, enfim, de todas os obstáculos que tem causado a erosão das margens. Além disso, é imprescindível substituir a vegetação exótica por árvores e outras plantas nativas e selecionar trechos de orla a serem transformados em áreas exclusivas para a fauna e flora.  
Adicionalmente, será indispensável realizar algumas obras para estabilização de orlas recuperadas e ainda demarcar a Faixa Marginal de Proteção com ciclovias ou outras estruturas. O Ministério Público determinou que o prazo final para esta tarefa é março de 2004. A Secretaria de Patrimônio da União (SPU), assim como alguns municípios, dispõem de mapas adequados para a execução do serviço.
Como a orla é longa, com cerca de 160km, o plano de restauração terá que dividir a lagoa em enseadas e depois em trechos. O CILSJ pensa em elaborar um Plano Global envolvendo as Prefeituras, a SERLA, o Departamento Imobiliário do Estado e a SPU, com projetos setoriais abarcando enseadas e trechos de orla, com ênfase inicial nos trechos críticos, como em Monte Alto, Figueira, Lake View e outros.
Secretaria Executiva do CILSJ

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