BASES DO MOVIMENTO APRESENTAM ARTESANATO COM MATERIAIS RECICLÁVEIS

Mais uma confirmação, uma referência sobre, a potencialidade do "PROJETO COMUNIDADE SUSTENTÁVEL" um projeto que, desenvolvo cujo  ações como estas, praticamos desde 2001...

Samantha Lêdo

Postado em 11/nov/2012

http://www.expocatadores.com.br/bases-do-movimento-apresentam-artesanato-com-materiais-reciclaveis/

BASES DO MOVIMENTO APRESENTAM ARTESANATO COM MATERIAIS RECICLÁVEIS

Por Samuel Ferreira

Bases do Movimento Nacional dos Catadores de Materiais Recicláveis (MNCR) apresentam na Feira de Negócios da ExpoCatadores 2012 diversas experiências de reaproveitamento de materiais recicláveis na confecção de obras de arte artesanais.

Entre elas, um vestido de noiva feito com retalhos de copo de plástico descartável veste um manequim, que ostenta uma grinalda elaborada com o mesmo material. Até o manequim ‘noivo’ ganhou um traje, confeccionado com retalhos de nylon. À frente do ‘casal’, os noivinhos seguem a mesma moda.

Mais adiante, belas e coloridas borboletas criadas pela artesã Marihe Geane são provas de que, com criatividade, muitas coisas podem ser feitas com as latinhas metálicas de cervejas ou refrigerantes.

Ligada à Cooperativa Filadélfia, a artista frisa que a venda das peças de artesanato ajuda na geração de renda e chega até a comparar o valor agregado ao metal feito arte: “60 latinhas de alumínio amassadas pesam 1 quilo, que custa aproximadamente R$ 2,60. Com apenas seis latinhas eu faço um conjunto de três borboletas, que vendo em média por R$ 30,00 a R$ 40,00”.

Para traçar o contorno do desenho das borboletas ela utiliza moldura de papelão e depois recorta o alumínio com uma tesoura. A pintura do material é feita com tinta reciclada de látex e para o corpo da borboleta é usado barro e cola de polvilho. Já as antenas são feitas de fio de telefone. As borboletas grandes são sugeridas para a decoração de parede e as pequenas são transformadas em imãs de geladeira.

Por mês são criadas aproximadamente 1.000 borboletas, trabalho que requer a mão-de-obra de três pessoas. As belas obras de arte são vendidas até para clientes do exterior, segundo Geane, os quais fazem a encomenda por um site criado especificamente para a venda desses materiais, que também são comercializados em feiras, residências, casas comerciais e eventos em geral.

Bonecas de tampinhas e frascosPor sua vez, a catadora Máxima Sofia Ojopi da Costa, da Rede de Cooperativas Catanorte, situada em Rondônia, apresentou dezenas de bonecas confeccionadas com tampinha de garrafa PET, frascos de amaciante e de iogurte, entre outros. Os brinquedos são comercializados por R$ 15,00 a unidade.

Moradora da cidade de Porto Velho (RO) há 25 anos, Máxima disse que é a primeira vez que participa da ExpoCatadores. “Estou achando fantástico, o máximo! É a minha primeira experiência”, disse a catadora-artesã, de origem boliviana.

“Tudo que contribui para melhorar a vida das pessoas de baixa renda eu apoio”, completou, se referindo às múltiplas experiências apresentadas na ExpoCatadores. A Rede Catanorte é composta de três associações e quatro cooperativas.

Além dos trabalhos citados, as bases apresentaram criações como girafas feitas de papel, barro e cola de polvilho, abajur de garrafa PET, quadros de material reciclável e dezenas de outras criatividades.