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quarta-feira, 20 de fevereiro de 2013

Banheiro Seco - EM breve no NAVE...


Banheiro Seco: uma nova alternativa de saneamento em Santa Catarina

14 de outubro de 2010
Engenheiros e técnicos de Educação em Saúde da Coordenação Regional da Funasa em Santa Catarina (Core/SC) visitaram, ontem (13), as cidades de Paulo Lopes e Florianópolis e conheceram uma nova alternativa de saneamento: os chamados banheiros secos.
O projeto é coordenado pelo Cedapp (Centro Diocesano de Apoio ao Pequeno Produtor – Pesqueira, PE) em parceria com o Cepagro (Centro de Estudos e Promoção da Agricultura de Grupo – Florianópolis/SC) e apoiado pela IAF (Fundação Interamericana).
A utilização do Banheiro Seco como alternativa de saneamento surgiu a partir de uma experiência prática com famílias agricultoras na região de atuação do Cepagro em Santa Catarina. Em agosto de 2008, por meio de um intercâmbio promovido pela IAF, foram construídos dois modelos de banheiros secos na região de atuação do Cedapp, que buscou apresentar a tecnologia e adaptá-la para as condições locais das famílias do semi-árido pernambucano.
Atualmente, estão sendo construídos 90 banheiros secos que tem como características o baixo custo, a simplicidade na construção e a preservação da água para usos mais essenciais, evitando a sua contaminação. O banheiro seco, quando bem manejado, contribui para evitar a proliferação de doenças associadas à falta de saneamento e permite retornar ao solo uma matéria orgânica saneada e rica em nutrientes.
O banheiro é uma alternativa barata para tratamento dos dejetos humanos (fezes e urina). Com o devido procedimento, não produz odores nem moscas, e evita a propagação de doenças. Ele não utiliza água, deixando-a para outras necessidades como beber, cozinhar e lavar-se.
Funcionamento do Banheiro Seco: a urina e as “águas cinzas” nutrem viçosas bananeiras, os dejetos desidratados fertilizam o solo e os resíduos curados transformam-se em excelente composto orgânico. Os banheiros secos permitem, após o tratamento, retornar ao solo os nutrientes contidos em nossos dejetos e a completar um ciclo natural de energia de toda matéria viva.
O grande segredo do bom funcionamento do Banheiro Seco é que após usá-lo damos uma “descarga” cobrindo bem as fezes com duas ou mais canecas de misturas: papel picado, pó de serra, palha de feijão, arroz, milho, capins e folhas secas, explica Sofia Lemos, representante da Cepagro: “Essas misturas são compostas de material orgânico limpo, seco e rico em carbono, que contribui para o início da compostagem dentro da bombona e seu conteúdo depois depositado em uma compoteira”.
Mariza Loredo, arquiteta da Divisão de Engenharia de Saúde Pública (Diesp), afirma que existe dificuldade para implantação de sistemas de tratamento individual (fossa séptica, filtro anaeróbio e sumidouro) por haver em Santa Catarina características de terreno rochoso ou lençol freático muito alto, dificultando assim a aprovação dos convênios. “O banheiro seco é também um alternativa para desenvolvermos projetos que contemplem comunidades quilombolas e assentamentos propiciando qualidade de vida a essas populações”, completa Mariza Loredo.
Segundo a chefe da Diesp, Janete Teixeira, o banheiro seco por ter um custo de construção muito inferior ao modelo tradicional surge como uma alternativa de saneamento ambiental sustentável. “Este projeto possibilita atender um maior número de municípios que pleiteiam junto a Funasa recursos para o programa de melhorias sanitárias domiciliares”, afirma ela.
“Estamos convictos de que esta solução simples e verdadeiramente sustentável melhora a qualidade de vida das famílias. Também estamos cientes de que este é um projeto em construção, que precisa de uma ação de educação em saúde junto às famílias beneficiadas de forma a garantir o uso correto do banheiro seco, diz Marcos Fernandes, coordenador da Core/SC.
http://www.funasa.gov.br/site/banheiro-seco-uma-nova-alternativa-de-saneamento-em-santa-catarina/

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