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domingo, 9 de outubro de 2016

UMA Potência Humana que começa a partir do primeiro dia de vida: A criança!

A diretora do filme Estela Renner, fala sobre a sua obra prima realizada e produzida para trazermos uma discussão extremamente pertinente, essencial e necessária.  Uma idéia a ser praticada em toda a nossa sociedade que  consiste na construção de uma sociedade justa, e responsável quando entendemos que tudo começa a partir da gestação e da relação de amor que cada um recebe com o mundo que ele recebe.  Uma prática que deve ser reproduzida em todos os setores, em todas as esferas, a concepção  da idéia do, poder da máquina do futuro chamada ser criança.  E saiba que não adianta você cuidar apenas dos seus filhos muito bem obrigada, pois, essas crianças que deixamos de assistir comporão o ambiente juntamente com os seus filhos. Boa leitura!
Trechos do filme disponível na internet, que define tudo que eu venho apresentar por esses textos escritos, emocionante, lindo, retrata a importância e, o  valor que não damos sobre a Potência Humana que começa a partir do primeiro dia de vida, esse filme é incrível, vale a pena.








Se isso é verdade, se esses bebês são projetados para aprender — e essa história evolucionária diria que crianças são para aprender, é para isso que eles servem — nós podemos esperar que eles tenham mecanismos de aprendizagem poderosos. E de fato, o cérebro do bebê parece ser o computador de aprendizagem mais poderoso do planeta. Mas computadores de verdade vão ficar ainda melhores. E recentemente houve uma revolução em nossa compreensão de aprendizagem de máquinas. 
10:05 Então para testar isso nós usamos nossa máquina chamada de Detector Blicket. Isso é uma caixa que acende e toca música se você colocar algumas coisas em cima e não outras. E usando essa máquina muito simples, meu laboratório realizou dezenas de estudos mostrando como os bebês são bons em aprender sobre o mundo. 
Agora há duas coisas que são muito interessantes a respeito disso. A primeira é, novamente, lembrar que são crianças de 4 anos. Elas estão começando a aprender a contar. Mas inconscientemente, elas estão fazendo esses cálculos complicados que vão dar a elas uma medida probabilística condicional.
 E a outra coisa interessante é que elas estão usando essa evidência para chegar a uma ideia, chegar a uma hipótese sobre o mundo, que parecia muito improvável a princípio. E nos estudos que fizemos em meu laboratório, estudos parecidos, nós mostramos que crianças de 4 anos são melhores em descobrir uma hipótese improvável que adultos quando damos a eles exatamente a mesma tarefa.
 Então nessas circunstâncias, as crianças estão usando estatísticas para descobrir sobre o mundo, mas afinal, cientistas também fazem experimentos, e nós queremos ver se crianças estão fazendo experimentos. Quando as crianças fazem experimentos nós chamamos de “mexer em tudo” ou ainda de “brincar”.

E recentemente há um monte de estudos interessantes que mostraram que essa brincadeira é na verdade um tipo de programa de pesquisa experimental. Eis aqui um do laboratório de Cristine Legare. O que Cristine fez foi usar nosso Detector Blicket. E o que ela fez foi mostrar a crianças que os amarelos o ligavam e os vermelhos não, e depois ela mostrou a elas uma anomalia. E o que vocês verão é que esse garotinho vai tentar cinco hipóteses no espaço de dois minutos.
12:35 (Vídeo) Garoto: Que tal isso? Igual ao outro lado.
12:42 Alison Gopnik: Ok, então sua primeira hipótese foi falseada.
12:51 (Risos)
12:53 Garoto: Essa ligou, e essa nada.
12:56 AG: Ok, ele está tomando notas experimentais.
13:02 Garoto: O que faz isso ligar? (Risos) Eu não sei.
13:18 AG: Qualquer cientista vai reconhecer sua expressão de desespero.
13:22 (Risos)
13:25 Garoto: Ah, é porque isso precisa estar assim, e isso precisa estar assim.
13:33 AG: OK, hipótese dois.
13:36 Garoto: É por isso. Ah.
13:40 (Risos)
13:45 AG: Agora essa é sua próxima ideia. Ele disse ao experimentador para fazer isso, tentar botar isso em outro lugar.Também não funciona.
13:58 Garoto: Ah, é porque a luz só sai aqui, não aqui. Ah, o fundo dessa caixa tem eletricidade aqui, mas isso não tem eletricidade.
14:12 AG: Ok, essa é a quarta hipótese.
14:14 Garoto: Está acendendo. Então precisa botar quatro. Você bota quatro nesse lado para fazer isso acender e dois desse para fazer isso acender.
14:27 AG: Ok, essa é a quinta hipótese.
O que está acontecendo na mente desse bebê? Se perguntássemos isso 30 anos atrás, a maioria das pessoas, inclusive os psicólogos, diriam que esse bebê é irracional, ilógico, egocêntrico. Nos últimos 20 anos, a ciência do desenvolvimento mudou completamente esse quadro. A questão que vocês podem estar pensando é: Por que as crianças aprendem tanto? E como é possível para elas aprenderem tanto em um período tão curto de tempo? Há alguma coisa sobre essa infância longa que parece estar conectada com conhecimento e aprendizagem. Então qual tipo de explicação poderíamos ter para isso? 
Agora este é particularmente — este é um garoto adorável e articulado, mas o que Cristine descobriu foi que isso é bem comum. Se você olhar a forma como as crianças brincam, quando pede a elas para explicar algo, o que elas fazem realmente é uma série de experimentos. Isto é bem comum para crianças de 4 anos.
Bem, como é ser esse tipo de criatura? Como é ser uma dessas lindas borboletas que podem testar cinco hipóteses em dois minutos? Bem, se você voltar para esses psicólogos e filósofos, muitos deles disseram que bebês e crianças são quase conscientes se é que são conscientes. E eu penso que o oposto é verdade. Eu penso que bebês e crianças são mais conscientes do que nós como adultos. Agora eis aqui o que sabemos sobre como a consciência adulta funciona. 
E a atenção e consciência de adultos se parece com um refletor. Então o que acontece em adultos é que se decidimos que algo é relevante ou importante, nós devemos prestar atenção nisso. Nossa consciência desse algo que atentamos se torna extremamente brilhante e vívido, e todo o resto se torna escuro. E até sabemos alguma coisa sobre como o cérebro faz isso.
Então o que acontece quando prestamos atenção é que o córtex pré frontal, meio que a parte executiva de nossos cérebros, envia um sinal que faz uma pequena parte do nosso cérebro mais flexível, mais plástico, melhor no aprendizado, e desliga a atividade de todo o resto de nosso cérebro. 
Então temos um tipo de atenção muito focada, dirigida voluntariamente. Se olharmos os bebês e as crianças, veremos algo muito diferente. E acho que bebês e crianças parecem ter mais uma lanterna de consciência que um refletor de consciência. Então os bebês e crianças são muito ruins em focar em apenas uma coisa. Mas eles são muito bons em receber montes de informação de várias fontes diferentes de uma vez. 
E se você olhar dentro de seus cérebros, você verá que eles estão preenchidos com esses neurotransmissores que são ótimos para induzir aprendizagem e plasticidade, e as partes inibitórias não apareceram ainda. Então quando dizemos que os bebês e crianças são ruins em prestar atenção, o que queremos dizer é que são ruins em não prestar atenção. Então eles são ruins em se livrar de todas as coisas interessantes que poderiam lhes dizer algo e apenas olhar para a coisa que é importante. Este é o tipo de atenção, o tipo de consciência, que nós esperamos dessas borboletas que são projetadas para aprender.
 Então como é ser um bebê? É como estar apaixonado em Paris pela primeira vez depois de tomar dois expressos duplos. (Risos) Essa é uma forma fantástica de ser, mas tende a deixar você acordado e chorando às três da manhã.
 Agora é bom ser um adulto. Eu não quero falar muito sobre como os bebês são maravilhosos. É bom ser um adulto. Nós podemos fazer coisas como amarrar nossos cadarços e atravessar a rua sozinhos. E faz sentido que nós investimos muito esforço em fazer os bebês pensarem como os adultos. Mas se nós quisermos ser como essas borboletas, ter mente aberta, aprendizagem ampla, imaginação, criatividade, inovação, talvez ao menos uma parte do tempo devemos fazer os adultos começarem a pensar como crianças.
18:11 (Aplausos)
Alison Gopnik
P
sicóloga do Desenvolvimento infantil
Alison Gopnik leva-nos para dentro das mentes fascinantes de bebês e criançase mostra-nos o quanto nós entendemosantes mesmo de perceber que fazemos isso.
Traduzido por Francisco Paulino Dubiela
Revisto por Viviane Ferraz Matos





Saiba quais os pensamentos, como é o aprendizado e a memória do bebê

Veja o que os especialistas já sabem sobre os pensamentos, memória e capacidade de aprendizado dos bebês:

“O bebê tem uma relação com o ambiente na medida em que ele precisa de algo, ele reclama e é atendido e tem uma sensação de proteção. Como sempre que solicita alimentação, ele a recebe, o bebê passa a pensar que a fonte do alimento é dele e vivencia como se o peito da mãe fosse dele”, observa o pediatra Saul Cypel, presidente do Departamento de Neurologia da Sociedade de Pediatria de São Paulo.
Conforme o bebê cresce e sua capacidade visual melhora, ele começa a se dar conta que o peito não está sempre disponível para ele e então percebe que o peito não pertence a ele, mas sim a sua mãe. Isto ocorre por volta dos seis a sete meses de vida. “Ele sai de uma situação em que achava que algo era dele para uma de dependência e começa a ter uma vivência em que tem que tolerar a frustração e aprende a conviver com ela”, conta Saul Cypel.
Isto é importante para o desenvolvimento do seu bebê. “Assim ele aprende que precisa esperar e que existem regras”, destaca Saul Cypel. Entender a questão do alimento não estar sempre disponível para ele, fará com que o bebê comece a administrar seu poder e assim no futuro será capaz de seguir regras maiores, como não suba na cadeira, entre outros. Por isso, com o passar é importante não fazer absolutamente tudo na hora e como o pequeno desejar. “Isto porque corre o risco da criança passar a achar que o mundo é dela e que vai acontecer do jeito que ela quiser e isto trará problemas precoces de desenvolvimento, ela não aceitará regras e desafiará”, alerta Saul Cypel.
http://bebemamae.com/desenvolvimento-do-bebe/entenda-o-que-se-passa-na-cabeca-do-bebe

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