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segunda-feira, 31 de outubro de 2016

Concentração de CO2 supera todos os registros históricos

O planeta como um todo ultrapassou a cifra de 400 partes por milhão do principal gás do efeito estufa.

O CO2 é o principal gás de efeito invernadero.
O planeta entrou na era das 400. Pela primeira vez desde que os humanos estão aqui, a Terra superou a cifra de 400 partes por milhão (ppm) de dióxido de carbono (CO2), o principal gás do efeito estufa. Esse gás é o que mais contribui para o aquecimento global, que tem conduzido a uma mudança climática cada vez mais irreversível. O grande problema é que, uma vez liberado, sua concentração vai levar milênios para diminuir.


Em maio de 2013, os jornais do mundo traziam uma notícia preocupante. Pela primeira vez, um observatório – instalado pela agência norte-americana NOAA (Administração Oceânica e Atmosférica Nacional) no vulcão havaiano de Mauna Loa – captava uma concentração de 400 ppm de CO2 no ar. No início da Revolução Industrial, havia 278 ppm – uma concentração que representava um equilíbrio natural entre a atmosfera, os oceanos e a biosfera. Mas a crescente queima de combustíveis fósseis (primeiro o carvão, depois o petróleo) alterou esse equilíbrio.
O registro de 2013, no entanto, foi pontual, localizado e temporário. A cifra baixou nos meses seguintes. Mas, segundo anuncia a Organização Meteorológica Mundial (OMM), em 2015 a marca das 400 ppm foi generalizada, global e sem a influência das mudanças estacionais sobre os níveis de CO2.
“O ano de 2015 marcou o início de uma nova era de otimismo e ação climática com o Acordo de Paris sobre mudanças climáticas. Mas também fará história por marcar uma nova era no aquecimento global, com esse recorde na concentração de gases do efeito estufa”, diz em nota o secretário-geral da OMM, Petteri Taalas.

O limite das 400 ppm foi superado pela primeira vez em 2013, num observatório do Havaí

Taalas coloca na mesma frase os maiores acontecimentos climáticos do ano passado porque será difícil cumprir os objetivos do primeiro (que a temperatura não suba mais de dois graus até o final do século) com uma concentração de CO2 tão elevada. “O verdadeiro problema é o gás carbônico, que permanece na atmosfera durante milênios, sobretudo nos oceanos. Se não contivermos as emissões desse gás, não poderemos lutar contra a mudança climática nem manter o aumento da temperatura abaixo dos dois graus com relação à era pré-industrial”, diz o cientista.
Durante a última década, a quantidade de CO2 na atmosfera havia se mantido próxima das 400 ppm, mas sem superá-las. Para os climatologistas da NOAA, a gota d’água foi o fenômeno climático El Niño, que alcançou o ápice em meados do ano passado. Seu impacto, na forma de secas em amplas zonas tropicais, reduziu a capacidade das florestas de absorver o CO2. Mas El Niño já passou e a cifra das 400 ppm continua aí.
http://brasil.elpais.com/brasil/2016/10/24/ciencia/1477318189_309369.html


Material publicado sobre o relatório 2015

Aquecimento global e emissão de gases do efeito estufa alcançam níveis recordes

Segundo essa agência, o fenômeno cíclico El Niño, relacionado com o aquecimento do Pacífico, foi no ano passado o mais forte desde pelo menos 1950, o que contribuiu, junto com o aquecimento global, para que pela primeira vez fosse superada em mais de um grau centígrado a temperatura média de meados do século XVIII, que é o período que se considera representativo das condições de vida pré-industriais.
Com relação a um 2014 já recorde, o aumento alcançou 0,1 grau centígrado. E 2016 também aponta para máximas preocupantes, já que os seis primeiros meses foram os mais quentes em décadas.
"El Niño foi no ano passado uma clara recordação de como os acontecimentos de curto prazo podem amplificar a influência relativa e os impactos que procedem das tendências de longo prazo no aquecimento global", afirma o documento.
O extenso relatório da NOAA, elaborado por 450 cientistas de todo o mundo e divulgado nesta terça-feira, assinala também que o nível dos oceanos está 70 milímetros acima do de 1993. Perto do equador, no ano passado o número de tempestades com nome também supera em boa medida a média anual do período 1981-2010. E a temperatura do Ártico foi 1,2 grau superior à desses mesmos anos.

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