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quinta-feira, 13 de outubro de 2016

Desmatamento da Amazônia cresceu 22% em um ano, diz ONG

Desmatamento da Amazônia cresceu 22% em um ano, diz ONG;
Levantamento registrou área de 388 km² de floresta derrubadas.


O desmatamento da Amazônia Legal atingiu uma área de 474 km² em maio, segundo medições de satélite realizada pela ONG Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon). Trata-se de um aumento de 22% em relação ao visto em maio de 2015, quando o mesmo levantamento registrou 388 km² de floresta derrubada. A Amazônia Legal é composta pelos nove estados pertencentes à Bacia Amazônica.

Em maio de 2016, o desmatamento foi concentrado no Amazonas (37%), Rondônia (22%), Pará (21%) e Mato Grosso (15%). Os estados com menor ocorrência foram Roraima (3%), Tocantins (1%) e Acre (1%).
A vegetação degradada na Amazônia Legal somou 1.959 km² no último mês. Em relação a maio de 2015 houve um aumento de 5.785%, quando a degradação somou 33 quilômetros quadrados.
O levantamento é realizado em regiões onde não há cobertura de nuvens. Em maio, elas estavam sobre uma área que corresponde a 34% da floresta, principalmente em Amapá e Roraima. No ano passado, pelo mesmo motivo, a pesquisa deixou de ser realizada em 39% da Amazônia.

Obs:A população de Santarém, no Pará, sofre com o modelo de desenvolvimento que ameaça comunidades na região do Rio Tapajós e representa um avanço predatório sobre as terras e territórios, causando intensas desapropriações e riscos de desaparecimento da floresta, seus habitantes e toda sua biodiversidade. 
Festival InterSessão vai ao Pará com a proposta de sensibilizar, aproximar e fortalecer as comunidades, realizando oficinas que possibilitem a troca de conhecimentos e o desenvolvimento da linguagem audiovisual como uma ferramenta de transformação social. Mas para chegar até lá, a equipe precisa da sua ajuda. Faça parte disso e colabore!Fonte: IDS(Instituto Democrático Social) 

Fascínio e destruição

Em 1999 chegamos à Amazônia para investigar a exploração ilegal de madeira. Não saímos mais. Muitas pesquisas e ameaças de morte depois, continuamos em campo. Aliados às comunidades locais, identificamos áreas sob pressão de desmatamento e denunciamos os responsáveis. Lutamos para que a produção de gado e soja, maiores vetores de devastação, parem de avançar sobre a floresta. Em 2014, voltamos a tratar do tema da aproximadamente 40 mil espécies de plantas e mais de 400 de mamíferos. Os pássaros somam quase 1.300, e os insetos chegam a milhões. No Brasil, que engloba cerca de 60% da bacia amazônica, o bioma cobre 4,2 milhões de quilômetros quadrados (49% do território nacional) e se distribui por nove estados (Amazonas, Pará, Mato Grosso, Acre, Rondônia, Roraima, Amapá, parte do Tocantins e parte do Maranhão). Ele é muitas vezes confundido com a chamada Amazônia Legal - uma região administrativa de 5,2 milhões de quilômetros quadrados definida em leis de 1953 e 1966 e que, além do bioma amazônico, inclui cerrados e o Pantanal. (Mapa: bioma, Amazônia Legal e Limite Panamazônia)

Sob as superfícies negras ou barrentas dos rios amazônicos, 3 mil espécies de peixes deslizam por 25 mil quilômetros de águas navegáveis: é a maior bacia hidrográfica do mundo, com cerca de um quinto do volume total de água doce do planeta. Às suas margens, vivem mais de 24 milhões de pessoas, incluindo mais de 342 mil indígenas de 180 etnias distintas, além de ribeirinhos, extrativistas e quilombolas.
Além de garantir a sobrevivência desses povos, fornecendo alimentação, moradia e medicamentos, a Amazônia tem uma relevância que vai além de suas fronteiras. Ela é fundamental no equilíbrio climático global e influencia diretamente o regime de chuvas do Brasil e da América Latina. Sua imensa cobertura vegetal estoca entre 80 e 120 bilhões de toneladas de carbono. A cada árvore que cai, uma parcela dessa conta vai para os céus.

Grandes também são as ameaças 

Maravilhas à parte, o ritmo de destruição segue par a par com a grandiosidade da Amazônia. Desde que os portugueses pisaram aqui, em 1550, até 1970, o desmatamento não passava de 1% de toda a floresta. De lá para cá, em apenas 40 anos, foram desmatados cerca de 18% da Amazônia brasileira  – uma área equivalente aos territórios do Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, Rio de Janeiro e Espírito Santo.
Foi pela década de 1970 que a porteira se abriu. Numa campanha para integrar a região à economia nacional, o governo militar distribuiu incentivos para que milhões de brasileiros ocupassem aquela fronteira “vazia”. Na corrida por terras, a grilagem falou mais alto, e o caos fundiário virou regra difícil de ser quebrada até hoje.
A governança e a fiscalização deram alguns passos. Mas em boa parte da Amazônia, os limites das propriedades e seus respectivos donos ainda são uma incógnita. Isso pode mudar com a consolidação doCAR (Cadastro Ambiental Rural), ferramenta de regularização ambiental prevista no Código Florestal, mas que ainda está em processo de implementação. Os órgãos ambientais correm atrás de recursos para enquadrar os que ignoram a lei, mas o orçamento para a pasta não costuma ser generoso. O resultado, visto do alto, do solo ou das águas, é impactante.

Desenvolvimento para quem? 

zoom

© Greenpeace / Daniel Beltra
Uma das últimas grandes reservas de madeira tropical do planeta, a Amazônia enfrenta um acelerado processo de degradação para a extração do produto. A agropecuária vem a reboque, ocupando enormes extensões de terra sob o pretexto de que o celeiro do mundo é ali. Mas o modelo de produção, em geral, é antigo e se esparrama para os lados, avançando sobre as matas e deixando enormes áreas abandonadas. 
Ainda assim, o setor do agronegócio quer mais. No Congresso, o lobby ruralista por mudanças na legislação ambiental conseguiu aprovar o novo Código Florestal, que concedeu anistia a quem desmatou ilegalmente e enfraqueceu a legislação. O objetivo é que mais áreas de floresta deem lugar à produção, principalmente, de gado e soja. A fome por desenvolvimento deu ao país a segunda posição dentre os maiores exportadores de produtos agrícolas. Mas os louros desses números passaram longe da população local. As taxas anuais de desmatamento na Amazônia brasileira, que haviam caído nos últimos anos, aumentaram 28% entre agosto de 2012 e julho de 2013.
A exploração predatória e ilegal de madeira continua a ser um enorme problema na região, e tem como principal consequência a degradação florestal, que é o primeiro passo para o desmatamento. Além disso, ela causa inúmeros conflitos sociais, como ameaças e assassinatos de lideranças que lutam para proteger a floresta. Como se não bastasse, essa madeira chega aos mercados nacionais e internacionais como se fosse legal, por meio de um processo de “lavagem” que utiliza documentos oficiais para dar status de legalidade à madeira tirada de locais que não possuem autorização – incluindo áreas protegidas, como terras indígenas e unidades de conservação. O sistema do governo que deveria controlar o setor madeireiro é falho e está totalmente fora de controle.
As promessas de desenvolvimento para a Amazônia também se espalham pelos rios, em forma degrandes hidrelétricas, e pelas províncias minerais, em forma de garimpo. Mas o modelo econômico escolhido para a região deixa de fora os dois elementos essenciais na grandeza da Amazônia: meio ambiente e pessoas.

Soluções

- Desmatamento zero: Ao zerar o desmatamento na Amazônia até 2020, o Brasil estará fazendo sua parte para diminuir o ritmo do aquecimento global, assegurar a biodiversidade e o uso responsável deste patrimônio para beneficiar a população local. Atualmente, o Projeto de Lei de Iniciativa Popular pelo Desmatamento Zero no Brasil já conquistou o apoio de 1 milhão de brasileiros. Não é preciso derrubar mais florestas para que o país continue produzindo. Ações contra o desmatamento e alternativas econômicas que estimulem os habitantes da floresta a mantê-la de pé devem caminhar juntas.
- Áreas protegidas: Uma parte do bioma é protegida legalmente por unidades de conservação, terras indígenas ou áreas militares. Mas a falta de implementação das leis faz com que mesmo essas áreas continuem à mercê dos criminosos.
- Regularização fundiária: É a definição, pelo Estado, de quem tem direito à posse de terra. O primeiro passo é o mapeamento das propriedades privadas para possibilitar o monitoramento de novos desmatamentos e a responsabilização de toda a cadeia produtiva pelos crimes ambientais ocorridos.
- Governança: Para todas essas medidas se tornarem efetivas, o governo precisa estar na Amazônia, com recursos e infraestrutura para fazer valer as leis de preservação. A proteção da Amazônia e a criação de um modelo de desenvolvimento sustentável e justo para a região pode gerar oportunidades para os povos que dependem da floresta.

Resumos:


Introdução



A desmatamento da Floresta Amazônica é um dos principais problemas ambientais do mundo atual, em função de sua grande importância para o meio ambiente. Este desmatamento causa extinção de espécies vegetais e animais, trazendo danos irreparáveis para o ecossistema amazônico. 

Principais causas:

- Degradação provocada pelo corte ilegal de árvores, destinadas ao comércio ilegal de madeira;

- Queimadas ilegais para abertura de pastagens para o gado ou áreas agrícolas (principalmente para a cultura de soja);

- Assentamentos humanos em função do crescimento populacional na região.

Principais consequências:

- Extinção de espécies vegetais e animais;

- Desequilíbrio no ecossistema da região;

- Aumento da poluição do ar nos casos de queimadas;

- Aumento de casos de erosão do solo.

Problemas de fiscalização

Em função da gigantesca extensão territorial da Floresta Amazônica, a fiscalização é extremamente complicada. Além disso, o governo brasileiro coloca poucos fiscais atuando na região, fato que dificulta ainda mais a fiscalização.


A diminuição do desmatamento

De acordo com dados (estimados) divulgados em novembro de 2012 pelo Ministério do Meio Ambiente, o desmatamento na Amazônia diminuiu entre agosto de 2011 e julho de 2012. Neste período, foram desmatados 4.656 km² de floresta. Foi o menor índice de desmatamento desde 1988 e representou uma redução de 27% em relação ao período anterior. 

Em 26 de novembro de 2014 o INPE (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais) divulgou um outro dado positivo. Em seu relatório anual, o instituto informou que ocorreu uma redução na taxa de desmatamento na floresta amazônica entre 2013 e 2014. Em relação ao período anterior (2012 a 2013), a diminuição do desmatamento foi de 18%.

Embora estes dados apontem para a queda no desmatamento, os números ainda mostram o tamanho do problema ambiental e o risco que ele gera na biodiversidade amazônica.

Você sabia?

- O ano em que ocorreu maior desmatamento na Floresta Amazônica foi 1995 com 29.059 km² desmatados (desde 1988, ano em que começou a medição oficial feita pelo INPE).

- De acordo com dados de 2012, o estado do Pará é o recordista em desmatamento na Amazônia. 


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