Imagem:modaereciclagem.wordpress.com
Prezado leitor, Moda e Reciclagem, vejam mais um setor que está considerando em seus sistemas produtivos e comerciais a reciclagem logo, um grande passo para a sustentabilidade.
Samantha Lêdo
A pesquisadora inglesa Kate Fletcher e a professora americana Lynda Grose no
livro ‘Moda e Sustentabilidade, design para a mudança’, lançado no Brasil pela editora
Senac este ano, avaliam todos os temas pertinentes as relações entre Moda e
indústria. As autoras reavaliam o papel dos designers e dos consumidores em toda sua
complexidade tendo como base uma eminente mudança de paradigma econômico,
social e ambiental já manifesto através da compreensão do termo Sustentabilidade.
1 Graduada na Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro, Doutoranda do Programa de Pós
graduação de Ciências Sociais em Desenvolvimento, Agricultura e Sociedade.
Iara – Revista de Moda, Cultura e Arte - São Paulo – Volume 5 | Número 2 / 2012 270
De todos os desafios pelos quais a indústria têxtil global e a compreensão do
fenômeno social Moda já passaram talvez o da sustentabilidade, em seu escopo
integral , seja o mais complexo. As autoras analisam que tal complexidade se dá por
conta do conjunto múltiplo de vetores que incidem sobre a área, que compreende
vários fazeres e saberes.(http://www1.sp.senac.br/hotsites/blogs/revistaiara/wp-content/uploads/2015/01/08_IARA_vol5_n2_Resenha.pdf)
- Os estilistas Oskar Metsavaht (à esq.) e Stella McCartney (centro) são ícones da moda sustentável. Já a modelo Gisele Bündchen (à dir.) usou vestido feito à mão e tingido com plantas em evento em Nova York
O verde está na moda. Mas, não, ele não é a cor da vez. O que está na mira de marcas nacionais e internacionais é fazer da moda um negócio mais limpo, sustentável e amigo da natureza. Um dos grandes nomes a aderir à causa foi a estilista britânica Stella McCartney. A filha do ex-Beatle Paul McCartney acumulou um currículo de peso , passando por Gucci, Tom Ford e assumindo o lugar de Karl Lagerfeld na direção criativa da Chloé, antes de se dedicar à marca que leva seu nome e hoje é sinônimo de sustentabilidade na moda.
As Chances da garrafa PET que consumimos regularmente ser reinserida na cadeia produtiva são maiores a cada ano. Mais alta ainda é a possibilidade de que uma garrafinha de água mineral que você usou hoje seja parte de uma camiseta, calça, ou mesmo um calçado dentro de alguns meses. Imagem á esquerda: Projetorespirar.blogspot.com.br
Na pesquisa realizada pela Associação Brasileira da Indústria do PET (Abipet) revelou que entre agosto de 2011 e junho de 2013, a quantidade de embalagens PET recicladas saltou de 282 mil para 331 mil toneladas, um aumento de 17%. De acordo com o Censo da Reciclagem de PET no Brasil, seis de cada 10 embalagens PET que consumimos no país são recicladas. Imagem á direita www.crisbusmester.com.br
imagem:www.vilaclub.vilamulher.com.br
Nesse contexto, a moda é o setor que mais utiliza o resultado da reciclagem, incorporando 38% de tudo que um dia já foi usado em sua rotina produtiva. Isso significa que, de cada seis embalagens recicladas, 2,4 foram parar no vestuário de alguém. Hoje, 59% de todas as embalagens PET produzidas no Brasil retornam para a indústria. Além da moda, outro setor que também aproveita o material é o de fábricas de resinas insaturadas e de fundição e areia, com a fatia de 23,9%. Apenas 18,3% volta a ser embalagens.
O uso de PET reciclado na produção de roupas começou com os informes de trabalhadores. Hoje, porém, o tecido já ganhou as passarelas. O estilista Alexandre Herchcovitch, por exemplo, desfilou uma coleção ecológica nas passarelas do São Paulo Fashion Week 2012 para a EcoSimple, fábrica de roupas de Americanas (SP). Outras marcas famosas também aproveitam a fibra produzida pela reciclagem, como a Hering, Osklen, Brookfield e Mizuno.
Garrafas por metro
Não à toa a indústria têxtil aderiu a este tipo de fibra. Duas garrafas de dois litros de PET reciclado podem produzir uma camiseta e quatro embalagens são suficientes para fazer uma calça comprida, informou a site Vida &Água, publicação oficial da indústria de produção de água mineral. A quantidade de embalagens por metro vai determinar a resistência da roupa.
Algumas indústrias optam pela mistura de uma material mais convencional, como algodão, com o poliéster de PET. A EcoSimple mistura retalhos de tecidos coletados em fábricas com a lã de poliéster feita do plástico reciclado. Para cada metro, a fábrica de Americanas usa 480 gramas de pano e oito garrafas. Só em 2012, foram produzidos 3,6 milhões de metros de tecido.
Ideal para pijamas e moda íntima, o PET reciclado está chegando ao universo masculino. A D’Uomo, uma das maiores fabricantes de cuecas brasileiras, está lançando um modelo feito com este material.
http://exame.abril.com.br/rede-de-blogs/blog-do-management/2013/07/03/moda-e-o-setor-que-mais-utiliza-reciclagem/
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Muito Obrigada, deixe o seu e-mail e contato.