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sexta-feira, 30 de junho de 2017

Estilista paulista se dedica a projeto de moda e responsabilidade social na África do Sul Leia mais:


Brasileira dá vida nova a tecido colorido que só era usado em ocasiões especiais
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RIO - O destino nos prega algumas peças. Ou seriam muitas? Algumas imprevisíveis. Outras prováveis. Para Julia Pinheiro Franco, de 33 anos, o destino lhe reservou uma série delas. Ela nasceu em Mogi das Cruzes, na região da Grande São Paulo, passou pela capital paulista, trabalhou como relações-públicas para a grife Roberto Cavalli, em Milão, apaixonou-se por um músico sul-africano e se instalou em Durban, terceira maior cidade do país.

— Aprendi com tudo isso que o melhor é deixar que a vida siga seu rumo natural — diz a brasileira, que, depois de um diploma em hotelaria e uma especialização em fashion marketing, hoje está à frente de um projeto de moda e responsabilidade social na África do Sul.
O glamour e a sofisticação da Europa e uma quase oferta de trabalho por parte da Chanel se evaporaram no momento em que a mogiana, há cinco anos, deparou-se com um jovem de cabelos compridos e um violão nas mãos, sentado na cozinha do seu apartamento em Milão.
— Foi amor quase à primeira vista. Guy era amigo de Sharon, com quem eu dividia casa, e que também é sul-africana — relembra Julia, que em poucos meses pediu demissão e embarcou para Durban com o novo namorado.
Um ano depois, em 2013, ele virou seu marido, e ela começou a tomar consciência dos contrastes de um país onde é grande a desigualdade social e parte da população é formada por refugiados de guerra.
O que fazer? Foi a primeira pergunta que se fez.
— Sempre gostei de moda. Mas nunca me considerei uma estilista. Pelo contrário. Gosto é da parte comercial, da comunicação, do marketing, das vendas. Comecei a achar que teria de mudar de profissão. Foi aí que o Guy me apresentou o shweshwe, um tecido africano colorido, de algodão, usado para confeccionar roupas para cerimônias tradicionais na África do Sul — explica Julia, que ficou fascinada com a qualidade do produto, feito com grande variedade de cores e estampas e com padrões geométricos complexos e extravagantes. — É um tecido caro e considerado o único produto realizado 100% por aqui. Logo pensei que ali estava o meu futuro.
A nova carreira, porém, apresentava obstáculos. Julia não era estilista. Não sabia costurar. Conhecia pouco os percalços da indústria da confecção no país, mas sabia que a história por trás do tecido e do povo africano seria um bônus para qualquer atividade empresarial. O primeiro passo foi procurar uma costureira e comprar algumas modelagens. Após uma conversa com um amigo sociólogo, decidiu pedir ajuda a entidades que desenvolvem ações solidárias.
Foram várias visitas a asilos, institutos de reintegração de refugiadas e centros para vítimas de violência doméstica. A cada anúncio em busca de voluntárias para costurar ou aprender uma profissão, a brasileira começava a perceber que aquele era o seu futuro: um projeto social ligado à moda.
— Percebi que tinha nas mãos algo precioso: voltar a trabalhar na minha área e ainda ajudar aquelas mulheres. Era o ínicio da Shwe: The Wearable Library (A Biblioteca Usável), onde as roupas produzidas são verdadeiros livros, que contam histórias de vida — diz a brasileira, que, pela primeira vez, pegou em um lápis para dar vazão a uma linha de roupas.
A ideia era colocar essas pessoas para costurar e ajudar na criação da coleção, usando um tecido genuinamente africano.


Leia mais: https://oglobo.globo.com/ela/moda/estilista-paulista-se-dedica-projeto-de-moda-responsabilidade-social-na-africa-do-sul-21512379#ixzz4lVrrCLrc 
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