As leituras chegam a 513 sieverts por hora, o mais alto já registrado desde o desatre. a maior leitura já registrada foi 72 Sieverts. Um chefe relatou que 600 toneladas do combustível derreteu e não sabem para onde foi.
È impossível fazer o desmantelamento dos reatores com os núcleos ausentes, o fissionamento descontrolado continua.
Esse é de longe a maior catástrofe nuclear já ocorrida na terra.
A operadora da central nuclear de Fukushima vai introduzir hoje um novo robô no reator número dois para avaliar o seu estado, após ter sido retirado, na semana passada, um aparelho idêntico devido a níveis demasiado altos de radiação.
A introdução do robô chega depois de funcionários da TEPCO terem sido obrigados a retirar o outro aparelho com características idênticas depois de as medições terem demonstrado níveis muito elevados de radiação, estimados em cerca de 650 sieverts (medida usada para avaliar o impacto da radiação nos humanos) por hora, capazes de o danificar.
Apenas uma dose diária de sievert pode causar danos graves na saúde humana e em maiores quantidades até provocar a morte, pelo que os níveis estimados naquele ponto do interior das instalações nucleares impossibilitam o acesso por parte de funcionários.
Os reatores 1,2 e 3 sofreram fusões parciais dos seus núcleos devido ao desastre provocado pelo sismo seguido de tsunami, de 11 de março de 2011, e conhecer exatamente o estado das barras de combustível radioativo é fundamental para a sua gestão e retirada.
No caso da unidade número dois, os técnicos da TEPCO acreditam que o combustível se fundiu o suficiente para perfurar a vasilha de pressão e acumular-se no fundo do da contenção.
As imagens que o novo robô vai recolher servirão para avaliar o estado do reator, sendo que a operadora da central pretende também identificar a localização exata do combustível, o que ajudará a desenvolver tecnologia capaz de o retirar.
Contudo, os elevados níveis de radiação nas instalações vão dificultar esta retirada, um dos passos necessários para o complexo processo de desmantelamento do reator que, segundo estimativas, vai durar entre 30 e 40 anos.
Foram registados os níveis de radiação mais altos de sempre desde o desastre nuclear de 2011
Os níveis de radiação de um dos reatores da central nuclear de Fukushima atingiram valores recorde desde o tsunami que provocou o desastre nuclear de 2011 no Japão. Segundo a empresa Tokyo Electric Power (Tepco), que opera a central, foi registada uma quantidade de radiação suficiente para matar uma pessoa em uma hora.
Medições no reator número dois mostram a presença de 530 sieverts por hora, a medida usada para avaliar o impacto da radiação nos humanos. Segundo o The Guardian, uma dose de sievert provoca mal-estar e náuseas, 5 sieverts podem matar em um mês e 10 sievert em poucas semanas.
"Há uma margem de erro, o nível pode ser 30% inferior, mas continua elevado", disse o porta-voz da Tepco, Tatsuhiro Yamagishi, segundo a AFP.
A última medição, de 2012, registava apenas 73 sieverts e os especialistas estão a tentar perceber o que terá provocado o aumento.
"O nível extremamente elevado de radiação medido no local, se for exato, pode indicar que o combustível não está longe e que não está coberto por água", afirmou numa entrevista NHK Hiroshi Miyano, professor da Universidade Hosei, que preside a uma comissão de estudos para o desmantelamento da central nuclear.
A empresa detetou ainda um buraco de um metro de largura numa parte de metal do mesmo reator. "Pode ter sido provocado pela queda de combustível, que teria derretido e produzido o buraco no depósito, mas isto é apenas uma hipótese", disse o porta-voz.
O processo de desmantelamento da central nuclear de Fukushima deverá demorar cerca de quatro décadas, segundo o The Guardian, mas o elevado nível de radiação dificulta e adia os esforços nesse sentido. O robô controlado remotamente que a Tepco planeia usar para trabalhos no reator número 2 aguenta a exposição a 1000 sieverts, o que quer dizer que iria sobreviver menos de duas horas.
- Recém-descoberto níveis de radiação em um dos reatores da usina nuclear de Fukushima Daiichi são incrivelmente altos, o Japan Times e outros têm relatado . O espaço é tão radioativo que até mesmo um robô não poderia durar duas horas, muito menos um ser humano.
http://www.dn.pt/mundo/interior/radiacao-recorde-em-central-de-fukushima-pode-matar-em-uma-hora-5647007.html
https://www.rtp.pt/noticias/mundo/introduzido-novo-robo-na-central-japonesa-de-fukushima-para-analisar-reator_n983364
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