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segunda-feira, 25 de junho de 2012

lagoa de Araruama...Poluição...Metas?

Ambiente Água

A Eutrofização na Lagoa de Araruama e o Impacto Ambiental das Estações de Tratamento Secundário

A lagoa de Araruama é um ecossistema lagunar de 206.8 Km2 situado no norte do Estado do Rio de Janeiro



1 – Introdução
A partir de 1999, várias toneladas de algas macrófitas começaram a se desenvolver rapidamente na Lagoa de Araruama, se acumulando nas praias. Para avaliar o problema em bases técnicas foi planejado um monitoramento de parâmetros físico químicos e biológicos da Lagoa de Araruama, por iniciativa de membros da comunidade de Araruama e com apoio logístico da FEEMA e da WWF. O objetivo foi investigar os seguintes tópicos:
(a) a situação atual da poluição por nutrientes neste ecossistema,
(b) as fontes de poluição,
(c) as mudanças que a lagoa tem sofrido;
(d) possíveis medidas para mitigação ambiental.
A comparação com dados pretéritos permitiu avaliar as rápidas mudanças que tem ocorrido na Lagoa de Araruama em termos os aumento da disponibilidade de nutrientes. Foi feita uma amostragem simultânea de 100 pontos igualmente distribuídos na lagoa para apreender a distribuição de parâmetros hidroquímicos como salinidades, nutrientes e clorofila.
A lagoa de Araruama é um ecossistema lagunar de 206.8 Km2 situado no norte do Estado do Rio de Janeiro. Possui ligação com o mar pelo canal de Itajurú sendo limitada por uma restinga litorânea pelo lado oceânico. (Vide figura abaixo.) É circundada por cinco municípios, a saber Araruama, Arraial do Cabo, Cabo Frio, São Pedro da Aldeia e Iguaba. Uma característica marcante desta laguna é a sua alta salinidade que chega a ser o dobro da água do mar possibilitando a extração de sal natural, atividade tradicional da região. A cada 2 litros de água que entram na lagoa, 1 litro se evapora. Isto faz concentrar tanto os sais naturais, como também os nutrientes de nitrogênio e o fósforo provenientes das águas residuais. Esta poluição por nutrientes, é chamada tecnicamente eutrofização. O super crescimento de algas atestou visualmente um rápido aumento da eutrofização. Na lagoa de Araruama.


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2 - Situação hidrológica durante a amostragem
O dia de amostragem em 27/12/2002 foi marcado por ventos leste de até 16 nós. As maiores salinidades de 70 a 78 partes por mil foram observadas entre a enseada de Pontes dos Leite, e do Ingá diminuindo até a faixa entre 35 e 45 em direção do Canal Itajurú em Cabo Frio, demonstrando uma situação de entrada de águas marinhas a partir do Canal de Itajurú. Entretanto a renovação das águas no interior da lagoa demonstrou ser muito restrita durante este período como indicou um monitoramento contínuo de seis dias do nível da água (<10cm) e das salinidades feitos em um ponto de uma praia de Araruama.

3 – Evolução dos Nutrientes e Estados tróficos
De acordo com a classificação de Rast & Roland (1982), que leva em consideração o Fósforo Total ou a Clorofila em mg/m3, as águas da Lagoa de Araruama estam situadas na faixa eutrófica como mostram os valores mínimos a máximos destes parâmetros na Enseada das Coroinhas na estação de verão. Tabela abaixo.
Concentração de nutrientes e clorofila na Enseada das Coroinhas nos anos de 1980, 1993 e 2002

 Ano  Amônia POP POD PID Clorofila
 1980   0.02-0.3 uM  - 0.01 uM <0.02 uM 1-2 ug/litro
 1994  1- 2 uM - - 0.1-0.3 uM  2-15 ug/litro
 2002 1- 5 uM  1-3.8 uM   0.1-0.3 uM   0.15-0.7 uM   30-120 ug/litro 

POP: fósforo orgânico particulado;
POD: fósforo orgânico dissolvido;
PID: fósforo inorgânico dissolvido.
O fósforo total é igual a soma POP + POD +PID. A enseada das Coroinhas foi arbitrada como situação média, por situar-se no meio da extensão longitudinal da lagoa. ( - ) não analisado.
Estes resultados mais atuais indicam portanto um grau já elevado de poluição por nutrientes. Quando comparamos os resultados atuais com os dados de nutrientes e Clorofila pretéritos obtidos por D.L André em 1981 e Souza de 1994, ou seja, a 22 e a 9 anos atrás respectivamente, verifica-se que o enriquecimento nutritivo das águas da Lagoa de Araruama aumentou acentuadamente nos últimos anos. Verifica-se que a Lagoa de Araruama em 1980 era oligotrófica, passando a uma condição entre oligotrófica e meso-trófica em 1994, de acordo com o valor de clorofila e chegando a situação eutrófica mais recentemente e de forma rápida.

4 - Consequências e Impactos para o Ecossistema Lagunar
A partir de 1999 começou a crescer demasiadamente uma alga do gênero Enteromorpha sp, cujas biomassas se soltaram e acumularam em vários pontos da lagoa. As algas cresceram numa profundidade até 4 m sobre conchas e pedaços de rocha.
Muitos detritos provenientes da decomposição das algas foram se acumulando no fundo lagoa. A ação frequente dos ventos ressuspende os sedimentos de fundo aumentando mais a turbidez. Estes sedimentos de fundo de lagoas eutrofizadas detém concentrações elevadas de Nitrogênio e Fósforo e a sua mistura com as águas resulta numa contínua reciclagem interna destes nutrientes, independente dos “novos” nutrientes que estão chegando dos esgotos. Quando as lagoas chegam a esta condição, este autor chama de “eutrofização crônica”. A turbidez fez diminuir as macro algas e favoreceu o crescimento das micro algas que crescem mais rápido. Observações mais recentes na Lagoa de Araruama mostram que no último verão 2002/2003 começaram a proliferar micro algas cianofícias filamentosas no plâncton.
As concentrações máximas de Clorofila A estiveram acima 120 ug/litro o que representa uma grande elevação do carbono fitoplanctônico na água, estimado em mais de 7,0mg C/litro.

5 - Mudanças recentes do estado trófico do ecossistema
De modo geral, um grau elevado de eutrofização provoca alterações nos ecossistemas costeiros tais como: mudança da estrutura trófica; diminuição da variedade de espécies, inclusive os peixes e organismos bentônicos; invasão de espécies mais resistentes e extremófilas. Estas mudanças representam uma tendência de simplificação da rede trófica levando ao predomínio das biomassas das algas e do fluxo energético pelas bactérias. (Moreira, 1989).
Tais alterações como o super-crescimento da biomassa de algas são observáveis na lagoa de Araruama que em última análise diminuem o oxigênio dissolvido e aumentam os sulfetos e nitritos que são venenosos para os peixes e outros organismos bentônicos. Também do ponto de vista estético e paisagístico as praias estam sendo degradadas pelo acréscimo de lama orgânica, emanação de odores e aumento de plantas invasoras sobre a areia. As praias mais afetadas pela sedimentação de matéria orgânica correspondem as enseadas dos municípios de Araruama e de S. Pedro da Aldeia, e vários pontos do lado continental, devido a dinâmica dos ventos e correntes que acumulam as partículas orgânicas nestas áreas.

6 - Impacto causado pelas estações de tratamento
As estações de tratamento secundário, que estão atualmente em construção nos municípios da região, não resolverão o problema de poluição por nutrientes. Isto porque o tratamento secundário tradicional, baseado na remoção da DBO (demanda biológica de oxigênio), não elimina eficientemente o nitrogênio e o fósforo que são a causa do crescimento das algas. Estudos científicos em vários países, inclusive pesquisas que fiz na Baía de Tokyo no Japão (Moreira, 1998), tem demonstrado que o tratamento secundário acelera muito mais o crescimento de macro algas e fitoplancton quando os seus rejeitos finais são lançados em ambientes costeiros de circulação restrita como as lagunas, lagoas e interiores de baías. Isto acontece porque ao retirar a DBO dos esgotos, as formas orgânicas são mineralizadas às formas inorgânicas de nitrogênio e fósforo que são mais rapidamente assimiladas pelas algas. As estações de tratamento secundário e lagoas de estabilização só contribuem para o aumento da eutrofização. Foi o que aconteceu com a estação de tratamento de esgotos da concessionária estrangeira Pro-Lagos em São Pedro. A estação secundária de Cabo Frio que está sendo construida agora, lançará milhões de litros por dia de nutrientes mineralizados na Lagoa de Araruama quando estiver pronta e certamente causará um impacto ecológico considerável. Poderia se chamar isto de “tecnologia com antolhos”, porque em se removendo a DBO primária dos esgotos iremos criar uma DBO secundária no corpo receptor, que é justamente o que se pretenderia evitar com a construção de uma E.T.

7 - Conclusões
A comparação dos resultados deste monitoramento mais recente com dados pretéritos mostra que o ecossistema da lagoa de Araruama vem passando por um aumento acelerado da poluição por nutrientes o que acarreta impactos gerais sobre sua estrutura ecológica, paisagística e as características balneares. Desde a explosão do crescimento de algas em 1999, ocorreu uma diminuição acentuada da transparência das águas devido a acumulação de seus detritos. O assoreamento com material nutritivo aliada as características físico-químicas naturais desta lagoa provocará um sério problema ambiental em todos os municípios desta região se não forem tomadas as medidas necessárias. O alto grau de eutrofização compromete seriamente a pesca, a extração de sal, do carbonato conchífero, e as atividades turísticas, todas importantes para a região. Os efluentes de estações de tratamento secundário, inclusive as lagoas de estabilização da concessionária de águas Pro-Lagos, aprovados pela FEEMA e orgãos oficiais, ao invés de conter a poluição, fazem disparar a eutrofização e o crescimento de macro e microalgas, acelerando ainda mais a impactação ambiental.
Atualmente, os assuntos de saneamento da região dos lagos e despoluição da Lagoa de Araruama estão subordinados ao Consórcio Intermunicipal Lagos-Rio São João, organização não-governamental que tem boas relações com a concessionária responsável pelo tratamento das águas. A administração atual deste Consórcio Intermunicipal e as respectivas prefeituras da região dos lagos tem tido dificuldades para formular projetos e encontrar soluções viáveis para despoluir a Lagoa. A despoluição da lagoa de Araruama é um projeto de porte considerável e exige soluções elaboradas e efetivas, apoiadas em várias informações técnicas. O controle da poluição da Lagoa de Araruama só poderá ser alcançado pela eliminação dos lançamentos de nutrientes (e.g. por um emissário marítimo) e pela recuperação das áreas mais afetadas por sedimentação orgânica anômala. Recomenda-se também que quando um município ou outra organização contratem serviços e projetos de uma firma possam contar com terceiros profissionais especializados que avaliem o trabalho a seu favor, e as decisões técnicas não fiquem restritas ao âmbito político, de ecologistas ou de profissionais de outras áreas.

Bibliografia
André, D.L. et alli, 1981- “Estudo preliminar sobre as condições hidroquímicas na Lagoa de Araruama,RJ ” Inst.Pesq. Mar. 35 p.
Christenson,M. 1988- “Increasing substrate for polyphosphate accumulating bacteria in municipal waste water through hydrolisys and fermentation of sludge primary clarifiers” . Water Environmental Research 70(2) : 138-45.
Knoppers, B.A.; Bidone,E.D. ; Abraão,J.J.,1999- Environmental Geochemistry of Coastal Lagoon Systems of Rio de Janeiro. UFF - FINEP 210 p.
Moreira, A.L.C.,1989- “Estados tróficos da Lagoa de Saquarema (Brazil) em um ciclo anual” Tese de Mestrado Universidade Federal Fluminense. 91 p.
Moreira, A.L.C.,1990 - “A influência dos fatôres físicos sobre as condições de oxigenação da Lagoa da Tijuca” III Congresso Brasileiro de Limnologia, Porto Alegre, Brazil.
Moreira, A.L.C.,1998- “The role of heterotrofic bacteria on phosphorus mineralization in Tokyo Bay waters” Symposium of Japanese Oceanografic Society, Tokyo,Japan.
Moreira, A.L.C.,2001- “Super crescimento de algas na Lagoa de Araruama: consequências , fatôres tróficos e biogeoquímicos”. III Encontro Nacional da Cidadania pelas Águas- CREA-RJ.
Rast,W. & Holland, M.,1988- “Eutrophication of lakes and reservoirs: a framework for making management decisions”Ambio 17 (1): 2-12.
Souza, W.F.C., 1997 – “ Dinâmica de nutrientes da Lagoa de Araruama, RJ “

Tese MSc UFF - André Luiz Costa Moreira, Oceanógrafo pesquisador, Registro no IBAMA- 3/33/2001/0174-7 Endereço: Av. Geremário Dantas 1093, apto 102 , Jacarepaguá - Telefones : (021) 2424-5191 e 5269 / E-mail: acquanetrj@aol.com

ARARUAMA 25 DE MARÇO DE 2012 - LER PARA SABER,,,

domingo, 25 de março de 2012


Lagoa de Araruama : Peixes Morrendo

                  Lagoa de Araruama  -  São Pedro da Aldeia 
     A Lagoa de Araruama tem 221, 03 Km² de área, com perímetro de 160 Km , profundidade média de 2,90 metros e volume de 636 milhões de metros cúbicos. Ela é uma das maiores lagunas costeiras hipersalinas do mundo, em torno de 5,2% (dados  de 1990), isto é uma vez e meia a salinidade do oceano. Mas pesquisas recentes demonstram que a salinidade dessa lagoa vem decrescendo (em 1985 registrava 5,7%) devido, principalmente ao aporte de águas servidas provenientes do abastecimento da região com água bombeada do reservatório da Lagoa de Juturnaíba, a uma taxa de 1 m³/s. Esse sistema costeiro é classificado por pesquisadores da Universidade Federal Fluminense (UFF) como muito frágil. A renovação de sua águas é lenta, ocorrendo a cada 83,5 dias, quando são trocados 50% do volume da lagoa. Em outras lagunas do Estado do Rio de Janeiro esse tempo varia  de um a trinta dias. A alta salinidade faz com que poucas espécies de peixes e moluscos se reproduzam na Lagoa de  Araruama. A partir da década de 1980 a Lagoa de Araruama se transformou em um paraíso de veranistas e turistas. Suas margens recebiam mais de um milhão de veranistas temporários, quase cinco vezes o número  de 260 mil habitantes na baixa temporada,  elevando para 50.000 Kg/DBO/dia a poluição por esgotos. 
     O texto  acima foi tirado do Livro Ambiente das Águas, Projeto PLANÁGUA SEMADS/GTZ, de setembro  de 2001. Após pouco mais  de  dez anos, a Lagoa de Araruama foi praticamente abandonada pelos turistas. Suas águas se tornaram quase tão sujas quanto as da Baía de Guanabara. Mas, pelo menos, lixo flutuante não é  visto.  O problema é o lançamento de esgoto. 
    A bacia hidrográfica da Lagoa de Araruama abrange 440 Km², onde se situam os municípios de Araruama, Iguaba Grande, São Pedro da Aldeia, Cabo Frio, Saquarema e Arraial do Cabo. Ela separa-se do Oceano Atlântico por extensos cordões litorâneos que compõem a restinga de Massambaba, de Arraial do Cabo até Saquarema. 
 
    Eu (Newton Almeida) fui visitar um grande amigo , o José Leonardo, que reside em Londres há uns quinze anos, e veio ao Brasil rever a família. Encontrei-o no clube de magistrados (AMAERJ), dia 24 de março  de  2012. Aproveitei para observar a Lagoa  de Araruama, depois do Mac Donald's, da Rodovia Amaral Peixoto (RJ 106) Km 105, descendo na lombada eletrônica, peguei a Avenida Porto Feliz, no Balneário São Pedro.  
    A água da Lagoa de Araruama vem ficando cada vez menos turva, desde o ano de 2007, ano que foi inaugurada  a nova ponte do Baixo Grande na RJ 140, cujas obras começaram no Governo da Rosinha Garotinho, abrindo o estrangulamento  da Lagoa, de trinta  metros  para 300 metros. Antigamente essa ponte se chamava Ponte Vitorino  Carriço , agora parece a chamam de Ponte do Ambrósio,  na saída de São Pedro da Aldeia e entrada de Cabo Frio . Após isso, notícias de melhorias, principalmente da revitalização da pesca, vêm sendo ouvidas . 
   Mas, logo que  cheguei já vi um peixe agonizando, depois avistei,  outro e mais outro. Os peixes morrem asfixiados, devido à ausência de oxigênio dissolvido na água, possivelmente. 

   Conversei um uma senhora, dona de um pequeno restaurante que me disse que já havia enterrado muitos peixes, cedo de manhã, e que eram sardinhas. Segundo ela, as Sardinhas são mais sensíveis. Ela, que possui familiares que são pescadores, falou que as Tainhas desapareceram, mas agora é fácil pescar Robalos, o que é uma novidade, com mais  de 1 kg. 
   Uns cem metros adiante, bem pertinho do Clube AMAERJ, vi uma estação de recalque de esgoto (cor laranja), que estava funcionando....

 Além disso, constatei tudo limpo; o problema  de lançamento lixo, muito comum nos  rios que desaguam na Baía da Guanabara, e nela própria, não acontece aqui. Portanto, a coleta e tratamento de esgoto em toda a região da  Lagoa de  Araruama trará, certamente a sua beleza de volta. O turismo sendo restabelecido na  orla da Lagoa de Araruama, permitirá maior arrecadação aos municípios que poderão investir na constante limpeza e despoluição dessa laguna.
   Em outra ocasião vou pesquisar esse assunto com mais calma, sobre a coleta  e tratamento do esgoto na  região da Lagoa de Araruama. Todas as fotos foram tiradas por mim, nesse dia de 24 de março de 2012 . 

quarta-feira, 20 de junho de 2012

chaveiros de baralhos reciclados,,,,item de prenda de pescaria e ou loja eco social...



Vamos reciclar, não espere o governo se habilitar,,,só dependemos de você, de sua ação e atitude, pois, já consome e descarta HOJE,,,venha conosco, faça a sua parte,,,,,o planeta agradece!!!
Saudações Ecológicas
Samantha Lêdo






 

Texto da Rio+20 ignora crise ecológica global, afirmam críticos

Texto da Rio+20 ignora crise ecológica global, afirmam críticos

Servidores federais do Ibama, Instituto Chico Mendes e Ministério do Meio Ambiente, fazem protesto na Cúpula dos Povos, evento paralelo à Rio+20 | Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/ABr
Rachel Duarte
A grande expectativa da Conferência dos Povos pelo Desenvolvimento Sustentável, a Rio+20, era acordar com os 193 países que integram a Organização das Nações Unidas (ONU) a relação de futuro entre a economia e os recursos naturais do planeta. Depois de sete dias de negociação, os países apresentaram um texto com pontos em aberto e o saldo do evento, na visão de alguns críticos, acaba sendo superficial. “A ONU retirou o meio ambiente da conferência desde a concepção do evento. Não se discutiu até agora questões como a preservação da biodiversidade, melhora da qualidade da água e outras de real profundidade. Isto é ignorar que estamos vivendo uma crise ecológica global”, defende o professor do Departamento de Botânica da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (Ufrgs) que retornou da Cúpula dos Povos nesta terça-feira (19).
Leia mais:
– Dilma diz que aprovação de texto base da Rio+20 é uma vitória do Brasil
Brack conta que apesar dos esforços do Ministério das Relações Exteriores durante a madrugada, a falta de consenso sobre o documento deixou a articulação estratégica dos novos objetivos globais nas mãos dos líderes e diplomatas que se reunirão a partir desta quarta-feira (20), no Riocentro. “O Brasil teve que adotar o Plano B diante da falta de acordo. Agora, cada país irá apresentar as suas prioridades. Serão apontadas metas voluntárias e não compromissos concretos”, alerta o biólogo.
Entre os pontos de divergência do documento estão a questão do fortalecimento do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma), que alguns países defendiam uma elevação do programa para status de agência, o que não foi acertado. O secretário-geral da Rio+20, Sha Zukan, avaliou que o texto finalizado é “o melhor que se poderia conseguir”. Já o ministro das Relações Exteriores, Antonio Patriota, preferiu não entrar no mérito dos pontos que foram necessárias flexibilizações dos países em desenvolvimento. “Amanhã (quarta-feira) os líderes poderão detalhar todos os pontos e o discurso da presidenta Dilma Rousseff, tenho certeza que será eloquente”, afirmou.
Outro ponto bastante criticado por ativistas foi a não definição de valores claros de financiamento para as políticas sustentáveis e a desistência em criar um fundo específico para o desenvolvimento sustentável.  A ideia do fundo era uma das propostas apresentadas pelo Brasil, em novembro passado, e deveria contar com o recurso inicial de US$ 30 bilhões e que até 2018 alcançaria US$ 100 bilhões. Os representantes dos países mais ricos vetaram a proposta, alegando dificuldades econômicas internas criadas pela crise econômica mundial.
Paulo Brack: "o Rio+20 seria um evento de reflexão mas, ao que parece, os governos pactuam salvar o modelo capitalista" | Foto: Ramiro Furquim/Sul21
As proposições do documento da Rio+20 são consideradas tímidas por alguns segmentos envolvidos na discussão. O Greenpeace, por exemplo, considerou o documento “patético”. “A negociação que foi até as 3 horas é um texto patético, uma traição, e é por isso que estamos chamando essa conferência não de Rio+20, mas, talvez, de Rio menos20”, afirmou o movimento, em nota.
Na avaliação do professor Paulo Brack, que representa a Assembléia Permanente de Entidades em Defesa do Meio Ambiente do Rio Grande do Sul (Apedema), o momento da realização da Rio + 20 não é oportuno para os países em crise e nem para os movimentos sociais. “As ONGs estão passando por uma crise e há um esvaziamento político dos países da União Europeia. O evento que seria de reflexão não está servindo para isso. Se jogou para escanteio uma discussão que poderia ter sido enfrentada. Mas, ao que parece, os governos pactuam salvar o modelo capitalista”, critica.
Cúpula dos Povos vai apresentar documento paralelo
Se por um lado há pouca esperança de que em dois dias os chefes de estado salvem o futuro da humanidade, de outro, a Cúpula dos Povos, que reúne empresas e entidades no Aterro do Flamengo até o dia 23, poderá gerar acordos e documentos paralelos importantes.
Marcha pede mais atenção à saúde publica, na Cúpula dos Povos, evento paralelo à Rio+20 | Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/ABr
Na inúmeras tendas, as discussões são concretas e apontam para as consideradas como verdadeiras ações de enfrentamento da emissão de gases do efeito estufa, nortear um desenvolvimento limpo e estipular os limites do crescimento econômico. Nas discussões, o conceito da ‘economia verde’ tem sido rechaçada. Documentos estão sendo redigidos e deverão ser entregues aos diplomatas.
“Há uma necessidade de esforço coletivo, não só dos governos. Algo para além da Rio+20. Todos devem se perguntar se vamos aguentar viver neste meio ambiente e o que vamos deixar para próxima geração. Meio ambiente não é só floresta em regiões serranas. É a natureza que nos traz benefícios, como remédios, água e comida. É importante que esta relação passe a ser compreendida, porque é a nossa sobrevivência que está em jogo”, alerta a diretora de Gestão do Conhecimento da S.O.S. Mata Atlântica, Márcia Hirota.
Para Márcia, o Brasil já possui o mapa para o caminho certo no enfrentamento da degradação do meio ambiente. Pela primeira vez, o IBGE divulgou números que mostram que a Mata Atlântica já perdeu 88% da sua área original – ou seja, restariam até 2010 apenas 12% do total. O levantamento também aponta que o desmatamento caiu a partir de 2004 na Amazônia, mesmo assim, a área devastada se aproxima hoje dos 20% da florestal original. “Eu venho acompanhando estes dados sistematicamente e de outros levantamentos que eles fazem. Muito do que havia em termos de desmatamento hoje não existe mais, porque o bioma Mata Atlântica tem legislação específica e a norma está popularizada na sociedade”, diz Márcia.
Os dados refletem ações positivas e negativas que precisam ser enfrentadas independente da Rio+20, na avaliação da diretora. “Tem dados sobre onde precisamos agir e fiscalizar para evitar os desmatamentos. Isto não se faz só em tempos de conferência dos povos”, salienta.
“Temos que mudar o olhar do desenvolvimento sustentável como vilão”, defende CNI
Delegações finalizam documento da Rio + 20 após sete dias e três horas de discussão | Foto: Marcello Casal Jr./ABr
O setor industrial apresentou argumentos concretos no Encontro da Indústria e Sustentabilidade, dentro da Rio+20, para defender a tese da economia verde como visão de um futuro possível. De acordo com o balanço apresentado pela Confederação Nacional das Indústrias (CNI), desde a Eco-92, a indústria brasileira conseguiu reduzir consideravelmente o impacto das atividades no meio ambiente. Foram apontados dados positivos em relação a diminuição das emissões de gases de efeito estufa, reciclagem com insumos renováveis e reaproveitando a água.
Revela o documento que a celulose e o papel produzidos no Brasil provêm integralmente de florestas plantadas, enquanto a indústria química reduziu em 47% suas emissões de CO² em dez anos. A geladeira fabricada atualmente no país consome 60% menos energia do que há uma década e cada automóvel usa 30% menos água no processo de produção. A sardinha enlatada brasileira é certificada internacionalmente em critérios da FAO (Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura) para preservação da biodiversidade marinha.
“Não foi fácil. O setor industrial trabalha de forma muito segmentada. Para chegar ao denominador comum e uma ideia geral dos impactos, criamos um termo de referência para as 16 organizações que representam 90% do PIB. Por um ano trabalhamos diretamente no monitoramento, por meio de relatórios sobre as ações e adequações das indústrias para uma engenharia mais sustentável”, explica o gerente executivo de Meio Ambiente e Sustentabilidade da CNI, Schelley Carneiro.
Na avaliação de Carneiro, o argumento dos custos para utilização de fontes de energia renováveis nas empresas não pode ser impeditivo para avanços. “O custo de agora se torna um investimento de futuro. A conformidade ambiental, com adequação a lei, como única variável, deixando o resto da produção igual, afetará a produção. Mas, quando se aumenta o custo ambiental, há uma série de variáveis positivas, como o aumento do prestígio da marca com a sustentabilidade e a maior capacidade de inovação”, analisa.
Rio+20 poderá se traduzir na carta da ‘economia verde’
O principal produto da Rio+20 poderá ser a criação de um indicador econômico concorrente ao PIB, capaz de medir os níveis de bem-estar e qualidade de vida da população. “Hoje temos um PIB que deixa de fora estas questões. O IDH fala alguma coisa, mas não na sustentabilidade ambiental. Há um esforço muito grande para que a economia vede seja traduzida em índices de satisfação e qualidade de vida. Terá progresso isso daqui pra frente”, informa o gerente da CNI, Schelley Carneiro.
O novo PIB, na opinião do biólogo gaúcho Paulo Brack é mais uma ferramenta pensada dentro do mesmo modelo econômico, o que terá pouca contribuição ecológica. “Eu vejo com muita preocupação que no setor corporativo, esta onda da economia verde, que, pelo menos no Brasil, vem no sentido de facilitar licenciamentos ambientais para empresários. É isto que significa. Surgiram propostas de alguns empresários na Cúpula dos Povos que nos preocuparam”, disse.
De acordo com Brack, a CNI propôs licenciamentos de forma propulsória, beneficiando empresas que se adequarem à atitudes consideradas redução de impacto. “Elas ganhariam um selo verde. Nós, ambientalistas, vemos isto como mais um retrocesso. E, ouvindo outros colegas, vimos que as preocupações de outros países da América Latina são as mesmas. A empresa do Eike Bastista, por exemplo, está querendo abrir termoelétricas de carvão mineral no Chile. São as mais poluentes”, denuncia. E complementa: “Temos que defender os territórios e as culturas locais os interesses financeiros a qualquer custo. A lógica do crescimento e dos grandes empreendimentos ainda não está perto de ser modificada”.

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segunda-feira, 18 de junho de 2012

Dilma não vai participar da Cúpula dos Povos.

Dilma não vai participar da Cúpula dos Povos Envie para um amigoImprimir

A presidente Dilma Roussef não vai acompanhar as atividades e debates dos movimentos sociais e ONGs reunidas na Cúpula dos Povos, que acontece em paralelo à Conferência das Nações Unidas para o Desenvolvimento, no parque do Aterro do Flamengo, no Rio de Janeiro. A informação foi confirmada na manhã deste sábado pelo ministro Gilberto Carvalho, da Secretaria Geral da Presidência da República.

A Cúpula reúne diversas iniciativas de sustentabilidades alternativas aos conceitos discutidos na conferência oficial, sobretudo em relação à chamada economia verde. Segundo o ministro, a presidente deve retornar da reunião do G-20 no México diretamente para os debates no Riocentro, onde representantes dos governos tentam costurar um acordo para a conferência. A ausência da presidente, segundo o ministro, não significa que a presidente não esteja atenta aos debates e sugestões do movimento

"Não houve um convite formal e a presidente vai respeitar a autonomia da organização do evento, mas ela vai retornar para conduzir os debates e buscar um acordo entre os chefes de estados", afirmou Carvalho.

O encontro no México, entre os dias 18 e 19 de junho, vai reunir chefes de estados das 20 principais economias do mundo para debater soluções para a crise econômica mundial. A presidente deve aproveitar o encontro para antecipar os impasses no documento preparado pelos países para a conferência ambiental da ONU.

De acordo com o ministro, a presidente vai se encontrar com os chefes de estado que não participarão da cúpula da Rio+20, como a presidente da Alemanha, Angela Merkel, e o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama. "Dilma não quer deslocar para o G-20 os temas que devem ser discutido aqui. Vai encontrar chefes de estado e tentar apresentar alguns temas e impasses do acordo. Isso não significa esvaziar a Rio+20", afirmou Carvalho.

O ministro participou na manhã de hoje da abertura oficial da Arena Socioambiental, espaço de debates do Governo Federal na Cúpula dos Povos. As ministras Tereza Campello, do Desenvolvimento Social, e Izabella Teixeira, do Meio Ambiente, também participaram do evento.
(Por Antonio Pita, Agência Estado, 16/06/2012) - AMBIENTE JÁ: COMPROMISSO COM O SEU ESCLARECIMENTO...

Diretor do Pnuma é vaiado na Cúpula dos Povos e admite falhas da economia verde Envie para um amigo...

Diretor do Pnuma é vaiado na Cúpula dos Povos e admite falhas da economia verde Envie para um amigoImprimir

Achim Steiner foi fortemente criticado por sugerir que os mercados se apropriem da gestão ambiental
A Cúpula dos Povos fechou seu segundo dia de atividades neste sábado (17/06), no Rio de Janeiro, com um debate intenso entre o diretor-executivo do Pnuma (Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente), Achim Steiner, e alguns dos principais coordenadores do evento. Em meio a fortes críticas e vaias do público, acentuou o antagonismo de visões que separa o encontro altermundialista das propostas da ONU para o rumo das políticas ambientais ao longo dos próximos anos.
Foi o próprio diretor-executivo da Pnuma quem pediu aos organizadores da Cúpula na noite desta quinta-feira (14/06) para participar do debate “Diálogo sobre Economia Verde”. Sua aparição surpreendeu a todos e foi muito aplaudido em sua chegada. Admitiu diferenças de visão de mundo e respondeu a críticas ao longo de duas intervenções.
Em sua segunda fala, contudo, foi vaiado pelo público ao defender o pragmatismo na tomada de decisões das Nações Unidas para o meio ambiente e ao considerar impossível uma solução sem a participação dos mercados.
O diretor reconheceu falhas e contradições nas negociações para o documento final que está sendo construído na Rio+20 (Conferência das Nações Unidas para o Desenvolvimento Sustentável) e imperfeições no conceito de “economia verde”. Entretanto, argumentou que “é no Riocentro que as decisões estão sendo tomadas” e que o mundo “não irá para frente se ficar focado no debate capitalismo versus anticapitalismo”.
Como exemplo, citou que existem países que investem em desenvolvimento sustentável, mas onde o Estado contribui com apenas 20% do Produto Interno Bruto.
Contradição
Pablo Solón, ex-embaixador boliviano na ONU e ativista ambiental, também estava presente na mesa e também criticou o secretário-executivo. Ele o acusou de não estar sendo sincero sobre as reais intenções da promoção da economia verde que, em sua opinião, servirá como uma mera desculpa para manter os processos de desmatamento e contaminação do ambiente.
Didático, Solón apontou contradições entre relatórios do Pnuma sobre economia verde e o discurso de Steiner em favor de iniciativas da ONU para que os mercados se apropriem da gestão ambiental.
“A ONU cita o exemplo da Austrália. Mas vocês sabem do que eles estão falando? É do direito de privatizar a propriedade sobre as fontes de água no país! A ONU cita o exemplo de Israel. É o modelo que queremos? Que se utilize água como um mecanismo político para acabar com um povo como o palestino?”, questionou.
“Queremos uma mudança de verdade, governos que não tratem a natureza como um produto. O grande erro da humanidade foi acreditar que é dono da natureza. Não podemos continuar crescendo indefinidamente”, disse Solón dirigindo-se a Steiner e ao restante da delegação da ONU.
Steiner respondeu que Solón estava sendo impreciso e que era necessário levar em conta a realidade das forças econômicas vigentes.
A seu ver, “o mundo não é preto ou branco, ou vermelho e verde. As soluções são muito complexas e nenhum governo pode dizer que resolveu os problemas ambientais. Apenas criticar é um direito e também um privilégio, mas vou dizer algo que não espero que vocês concordem, mas entendam: o que vemos aqui, na Cúpula, é uma antítese do mundo hoje. O mundo não está unido, as nações não estão unidas. Há contradições e inconsistências em todas as sociedades, há diferenças”.
O debate
Inicialmente, Steiner ouviu relatos de Larissa Parker, da Carta de Belém, Edwin Vásquez, coordenador-geral da Coica (Coordenação das Organizações Indígenas da Bacia Amazônica) e Juan Herrera (Via Campesina), que denunciaram diversos casos de exploração e remoção de pessoas para “empreendimentos sustentáveis” – algo que consideram uma versão repaginada das mesmas violações ancestrais que os povos já sofrem há gerações.
Parker lembrou que, se a economia verde tem como um de seus vértices a erradicação da pobreza, não fala nada sobre distribuição de renda. Na sua opinião, a mudança nas matrizes de produção é uma proposta antiga, datada dos anos 1960. “Por que a ONU não se abre às alternativas que estamos apresentando aqui? Elas estão em curso e são viáveis, basta se abrir”, afirmou.
Tentando uma abordagem diplomática, Steiner respondeu que, após ouvir os relatos dos três, tinha cada vez mais certeza de que a visão de economia verde entre os dois lados era muito mais próxima do que eles  imaginavam, pois não aprovava nenhum dos exemplos de violação citados pelos demais palestrantes.
Mais além, ao contrário do que os integrantes da Cúpula afirmavam, disse não ser partidário da desregulamentação do mercado para investimentos na área ambiental. Ele julgou essa estratégia algo perigoso, mas considerou que os “governos atualmente não tem condições de se organizarem sozinhos”.
Se o problema é o modelo econômico, “tanto países controlados por governos quanto pelo Estado não foram bons exemplos de gestão ambiental no passado”. Para Steiner, uma das alternativas é dar valor econômico aos bens ambientais como uma forma de preservá-los.
Separadas em extremos
Na segunda fase do debate, o especialista em biodiversidade, Pat Mooney, e o presidente da CUT (Central única dos Trabalhadores), Artur Henrique, cobraram uma posição mais ativa da ONU e criticaram o argumento de que os governos estão sem dinheiro para investir em políticas ambientais.
Henrique lembrou dos altos valores que nações desenvolvidas estão desembolsando para salvar bancos. O líder sindical lamentou, por fim, que tanto a Cúpula quanto a Rio+20 estivessem separadas em extremos tão opostos da cidade.
Pela manhã, Steiner havia participado de uma coletiva na Rio+20 em defesa dos benefícios da economia verde. Foi lançado oficialmente um relatório da Pnuma, o “Construindo uma Economia Verde Inclusiva para Todos”. Na iniciativa conjunta entre agências da ONU e bancos de desenvolvimento, o documento afirma que a economia verde poderá tirar 1,3 bilhão de pessoas da pobreza, desde que obtenha investimentos do setor público e privado.
(Por João Novaes, Opera Mundi, 17/06/2012)

Atingidos pela Vale decidem reforçar ações globais para "desmascarar" mineradora

Atingidos pela Vale decidem reforçar ações globais para "desmascarar" mineradora Envie para um amigoImprimir

III Encontro Internacional dos Atingidos pela Vale, realizado no bairro Santa Tereza, no Rio de Janeiro, acontece em paralelo à Rio+20 e definiu como prioridade "desconstruir" a imagem da empresa. A mineradora é acusada de violar direitos trabalhistas, comunitários, ambientais e sanitários em diversas regiões brasileiras e vários países, entre eles, Moçambique, Peru, Chile, Nova Caledônia e Canadá
Desconstruir a imagem da Vale será, a partir de agora, uma das principais estratégias adotadas pelas vítimas da empresa de mineração sediada no Brasil. Tal conclusão se deu hoje (16) no III Encontro Internacional dos Atingidos pela Vale, realizado no bairro Santa Tereza, no Rio de Janeiro. A mineradora é acusada de violar direitos trabalhistas, comunitários, ambientais e sanitários em diversas regiões brasileiras e vários países, entre eles, Moçambique, Peru, Chile, Nova Caledônia e Canadá.
Em janeiro deste ano, a empresa foi eleita a pior do mundo em uma votação da Public Eye Awards, “premiação” existente desde 2000 e que tem o Greenpeace como um dos organizadores. De 88 mil votos, a Vale recebeu 25 mil.
A mineração e os projetos extrativistas em geral vêm sendo temas de muitos debates e atividades na Cúpula dos Povos, que acontece na capital fluminense como evento paralelo à Conferência das Nações Unidas sobre o Desenvolvimento Sustentável, a Rio+20 – da qual a mineradora é uma das patrocinadoras.
Um dos diagnósticos do encontro é que as empresas que mais causam impactos sociais e ambientais estão fazendo nos últimos anos grande uso da publicidade e da chamada “filantropia estratégica”. No Brasil, por exemplo, a Vale, além dos projetos sociais apoiados por sua fundação, vêm investindo bastante em propagandas – em meios eletrônicos e impressos – que contam com artistas de renome e buscam reforçar sua conexão com o Brasil.
Além de manter o foco do enfrentamento direto – como protestos, mobilizações e ações judiciais –, o grupo pretende mostrar à sociedade “a verdadeira face da empresa”. Nesse sentido, foram sugeridas ações como a criação de um site em três ou quatro idiomas (português, espanhol e inglês, com a possibilidade de se incluir também o francês) e a produção de materiais de contrapropaganda – panfletos, folders, cartilhas, vídeos etc.
Uma das prioridades é a divulgação das denúncias nas escolas, uma tentativa de contra-atacar o trabalho que a mineradora faz nessas instituições.
Estratégias
Este ano, já foram realizadas duas grandes ações de contrapropaganda. A ideia é reforçar essa estratégia. Em janeiro, ocorreu a “premiação” da empresa como a pior do mundo – fato muito divulgado mundialmente e que deve ainda ser bastante explorado no próximo período. Em abril, foi lançado pela Articulação Internacional de Atingidos pela Vale o Relatório de Insustentabilidade Vale 2012, uma contraposição ao Relatório de Sustentabilidade divulgado pela companhia anualmente.
Também conhecido como “relatório sombra”, o documento rebate ponto a ponto os eixos abordados pela Vale. O objetivo era mostrar que a realidade de trabalhadores, comunidades e meio-ambientes do entorno dos empreendimentos é bem distinta àquela apresentada pela empresa.
Três momentos do ano foram apontados como propícios para ações de contrapropaganda de caráter mundial: a assembleia dos acionistas, a divulgação do Relatório de Sustentabilidade da empresa e o período de anúncio dos lucros e dividendos.
Os participantes do encontro enfatizaram que muitos dos impactos causados pela Vale são decorrentes da logística utilizada para os grandes projetos, como as ferrovias e rodovias construídas para o transporte do conteúdo extraído das minas. Assim, são frequentes casos como atropelamentos de animais e pessoas, poluição sonora e poeira e rachaduras nas casas.
Entre os impactos mais diretos citados pelos atingidos, figuram a perda de soberania sobre as terras, assassinatos de lideranças comunitárias, prostituição, aumento do custo de vida nas comunidades próximas de onde um empreendimento é instalado, chegada de um grande número de população flutuante e até doenças psíquicas, neurológicas e físicas, como de respiração, de pele e cânceres.
Segundo as vítimas da Vale, diante das denúncias de violações, a mineradora responde com mais violações. Frequentemente promove assédio moral sobre os funcionários, quando não os demite, tenta cooptar lideranças, cria ONGs e movimentos sociais de fachada e “compram” órgãos governamentais.
Nem mesmo a segurança de seus funcionários estaria garantida. Dados citados durante o encontro dão conta de que em 2012 já aconteceram 16 mortes nas instalações da Vale no Brasil, Canadá e Indonésia, diante de 11 em 2010, 10 em 2009, 9 em 2008 e 14 em 2007, nos mesmos países. A estimativa é que até o final deste ano o número chegue a 25.
Para João Trevisam, da Confederação Nacional de Trabalhadores na Mineração, a mineradora “ainda está na época do capitalismo selvagem. Não quero que a Vale seja nossa desse jeito”, disse durante o encontro, fazendo referência à campanha pela estatização da mineradora, privatizada em 1997 numa operação suspeita de fraudes.
Vale em Moçambique
Os moradores da província do Tete, na região central de Moçambique, país da costa oriental africana, conhecem bem o modo de atuar da mineradora. “A Vale não tem respeito algum pelos mínimos direitos e hábitos culturais das pessoas”, protesta Fabio Manhiça, de 52 anos, da Associação de Assistência Jurídica às Comunidades, em entrevista à Carta Maior.
“Os salários são baixíssimos. Durante o acordo coletivo de trabalho, a empresa não respeitou a vontade expressa dos trabalhadores. Eles tiveram que assinar com o joelho em cima deles. Tanto que a maior parte dos trabalhadores da Vale não conhece o acordo coletivo. As comunidades foram evacuadas, foram tiradas pelo governo de suas zonas de origem e levadas a uma que não escolheram. Não sabemos com quem negociar. O governo diz que é com a empresa, a empresa diz que é com o governo. O povo fica no meio”, resume.
Segundo Manhiça, um problema grave é a falta de conhecimento de trabalhadores e comunidades sobre seus próprios direitos. Outro, o poder da mineradora de “corromper tanto os dirigentes o governo quanto os dirigentes sindicais” do país. Nem mesmo os líderes sindicais não cooptados encontram espaço para atuação.
“Se você for até as comunidades, os moradores não vão falar consigo. Temem represálias. Seguranças da Vale e a força policial do governo andam pelas ruas, semeando medo e pânico. As pessoas não te dizem nada. Tanto que as informações sobre a Vale a gente encontra nesses fóruns; lá não temos acesso a nenhuma informação. Tu não entras lá dentro, é barrado.”
Em 12 de junho, outro moçambicano que participaria do encontro foi impedido de entrar no Brasil pelo aeroporto de Guarulhos, em São Paulo. Jeremias Vunjanhe, da ONG Justiça Ambiental e da Federação Internacional Amigos da Terra, teve seu passaporte retirado e foi obrigado a voltar ao Moçambique. A Polícia Federal não informou as razões desse tipo de tratamento – Vunhanhe tinha visto de entrada no país.
(Por Igor Ojeda, Carta Maior, 17/06/2012)

Corporações abandonam material tóxico no coração da Amazônia...

Informativo

Passivos Socioambientais, Resíduos/Lixo, Legislação e Governo

Corporações abandonam material tóxico no coração da Amazônia Envie para um amigoImprimir

Cloro, chumbo, pesticidas e outros resíduos tóxicos estão abandonados na cidade de Ulianópolis, a 400 quilômetros de Belém (PA).

Ao longo de quatro anos, as empresas Petrobrás, Shell, Vale, Philips, Yamaha e Pepsi despejaram os resíduos em uma área de 900 hectares de florestas.

O lixo não recebeu o tratamento adequado e agora contaminam o solo, o ar, um rio e uma extensa área do município, que abriga 36 mil pessoas. Ulianópolis vive do extrativismo, da agricultura e da pecuária.

O lixo tóxico foi parar no coração da Amazônia por intermédio da empresa Usina de Passivo Ambiental (Uspam), que foi contratada pelas multinacionais para tratar o lixo e dar a ele um destino adequado.

A usina não tratou os resíduos. Acabou sendo fechada por determinação da Justiça. O lixo tóxico está depositado a céu aberto desde 2003.

Responsabilidade legal

A legislação é clara: as empresas são responsáveis pelos seus resíduos de ponta a ponta da cadeia produtiva.

Não importa, portanto, se a Uspam não cumpriu o seu papel. O lixo continua sendo das multinacionais que o enviaram para essa região da Amazônia.

Os jornalistas Aguirre Talento e Felipe Luchete, da Folha de S. Paulo, procuraram as multinacionais. Escreveram o seguinte em matéria publicada pelo jornal:

__ A Prefeitura de Ulianópolis diz que não foi omissa e desenvolve com a Promotoria um plano de recuperação da área. Pepsi, Petrobras, Vale e Yamaha dizem ter checado as licenças da Uspam antes da escolha e que retiraram seus resíduos do local. A Brastemp afirma que todos seus resíduos foram incinerados pela Uspam. A Shell diz que “está em contato com as autoridades”. A Philips não comentou.

(Rede Sustentável, 15/06/2012)

Ainda há tempo para salvar Rio+20, diz Marina Silva na Cúpula dos Povos Envie para um amigo

Ainda há tempo para salvar Rio+20, diz Marina Silva na Cúpula dos Povos Envie para um amigoImprimir

A ex-ministra do Meio Ambiente Marina Silva disse acreditar que ainda há tempo hábil para um acordo nas negociações, o que vai garantir o sucesso da Conferência das Nações Unidas para o Desenvolvimento Sustentável (Rio+20). Ela participou neste sábado (16) de um ato organizado pelo Comitê em Defesa das Florestas e Desenvolvimento Sustentável contra o Código Florestal, na Cúpula dos Povos, que contou com a presença de diversas lideranças ambientais e representantes do Legislativo.
“O Brasil tem todas as condições de protagonizar um esforço para que façamos uma avaliação verdadeira do que foi feito ou não. Buscar mediar, junto com os demais países, que a crise econômica não pode deixar em segundo plano a crise ambiental. Há tempo, até porque agora a prerrogativa de fazer essa mediação está entregue ao Brasil. É a grande oportunidade de revisitarmos os compromissos e corrigirmos os rumos.”

Segundo Marina Silva, o sucesso da conferência está nas mãos de todos os líderes do planeta, mas o Brasil tem um papel importante."Nós não podemos tirar responsabilidade deles, mas o país anfitrião tem uma responsabilidade maior.”

Perguntada se estava otimista ou pessimista com os rumos da conferência, Marina disse que está persistente. “Cobro que o Brasil continue sendo o país que lidera pelo exemplo. Nós fizemos isso em Copenhague. O Brasil constrangeu os que queriam fazer menos podendo fazer mais quando assumiu metas de redução de dióxido de carbono.”

Sobre o evento que havia participado, contra o Código Florestal aprovado pelo Congresso Nacional e vetado em parte pela presidenta Dilma Rousseff, a ex-ministra do governo Lula fez questão de esclarecer que não se tratava de um ato de oposição política.

“Nós não estamos aqui em uma atitude de oposição. É em uma atitude de quem tem posição. E a nossa é que o Brasil não pode perder a chance de continuar avançando na agenda do desenvolvimento sustentável. Não pode mudar sua legislação em nome do lucro imediato, fazendo tábula rasa dos esforços de mais de 30 anos de diferentes governos.”
(Por Vladimir Platonow, com edição de Andréa Quintiere, Agência Brasil*, 16/06/2012)
* Acompanhe a cobertura multimídia da Empresa Brasil de Comunicação (EBC) na Rio+20.

Entrevista (Carlos Painel): Cúpula dos Povos quer nova agenda global de lutas...

Entrevista (Carlos Painel): Cúpula dos Povos quer nova agenda global de lutas Envie para um amigoImprimir

Em entrevista à Carta Maior, Carlos Henrique Painel, ambientalista e coordenador do Fórum Brasileiro de ONGs e Movimentos Sociais (Fboms), uma das entidades organizadoras do evento, afirma que a perspectiva de poucos avanços no encontro oficial da ONU pode elevar a repercussão da Cúpula dos Povos, que não se furtará em apontar onde os governos erram e a dialogar com todos os envolvidos em busca da transição para uma economia de baixo carbono
A Cúpula dos Povos será realizada entre os dias 15 e 23 de junho, paralelamente à Rio + 20, Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, devendo contar com a presença de membros da Primavera Árabe, Indignados da Espanha e Movimento Occupy dos Estados Unidos, entre outros, não só para cobrar a implantação de modelos ecológicos populares já existentes como também para repactuar uma nova agenda de lutas globais.

Em entrevista à Carta Maior, Carlos Henrique Painel, ambientalista e coordenador do Fórum Brasileiro de ONGs e Movimentos Sociais (Fboms), uma das entidades organizadoras do evento, afirma que a perspectiva de poucos avanços no encontro oficial da ONU pode elevar a repercussão da Cúpula dos Povos, que não se furtará em apontar onde os governos erram e a dialogar com todos os envolvidos em busca da transição para uma economia de baixo carbono.

Carta Maior - O que é e qual o objetivo da Cúpula dos Povos?
Carlos Henrique Painel - A Cúpula dos Povos é o evento paralelo, realizado pela sociedade civil brasileira e mundial, à Rio + 20, que é a conferência das Nações Unidas para o meio ambiente 20 anos depois da Rio 92. O principal objetivo é contrapor o quê está sendo discutido na conferência oficial.

A Cúpula dos Povos não acha que o quê está sendo discutido na conferência oficial da ONU seja a solução para os graves problemas da crise ambiental planetária que estamos vivendo. Então acreditamos que as soluções vindas dos povos, que já existem, que estão aí, são as verdadeiras soluções para que se possa enfrentar e fazer uma transição para uma economia de baixo carbono (N.R. com menos emissão de gases poluentes).

Como está a organização do evento e a resposta dos interessados em participar? Alguma proposta tem sobressaído?Painel - Ainda não. Abrimos as inscrições agora e estamos querendo medir o interesse da participação, seja nacional, seja internacional, através das atividades de convergência, que são essas pequenas assembleias que se transformam em assembleias medianas até uma grande assembleia, que estamos chamando de assembleia dos povos, para poder encaminhar algumas lutas e algumas agendas globais. Então não existe ainda nenhuma proposta.

Agora, a gente está apontando as falsas soluções que estão sendo dadas por eles, e implantando também as verdadeiras soluções, que são apontadas pelos povos. Então esta vai ser a dinâmica de como vai ser a Cúpula dos Povos. E é óbvio que vamos aproveitar a presença de membros da Primavera Árabe, Indignados da Espanha, movimento Occupy nos Estados Unidos, estudantes do Chile e várias sociedades que estão sofrendo algum tipo de repressão para tentarmos repactuarmos uma nova agenda global de lutas.

Dos três eixos de trabalho da Cúpula dos Povos: denunciar as causas da crise socioambiental, fortalecer movimentos sociais e apresentar soluções práticas; como passar da apresentação para a implementação dessas soluções?Painel - Na verdade, muitas dessas soluções já estão implementadas. Aí estamos falando de economia solidária, economia criativa, permacultura (planejamento, atualização e manutenção de sistema socioambientais justos e financeiramente viáveis), agroecologia; enfim, coisas que já existem e já estão implementadas.

O que a gente quer fazer é que muitas dessas ações sejam adotadas pelos governos como soluções para o momento como o planeta vive. Então a implementação delas já existe. Não estamos inventando uma nova implementação. São coisas que já existem e não são reconhecidas como uma prática que possa vir a ser usada em grande escala.

O que falta para um maior reconhecimento dessas práticas?
Painel - É difícil, né? Porque os governos e as empresas, as grandes corporações, têm muito interesse na palavra lucro. Quando a gente fala em uma economia criativa, uma economia solidária, uma permacultura, você está tirando deles as patentes e toda aquela movimentação financeira que eles tentam fazer, que é da precificação na natureza. Precificar, botar a natureza dentro de um mercado para poder fazer o seu jogo. Então o governo se sente impotente já que as grandes corporações têm mais influência nos governos do que essas soluções que os povos estão apresentando.

É uma coisa meio difícil. A Cúpula dos Povos não acredita que vá haver muitos avanços na Rio + 20. A gente acha que dificilmente vai sair algum progresso. Dois dias antes da Rio + 20, vai haver uma reunião do G-20 no México com os mesmos líderes que estarão aqui no Brasil. Então lá provavelmente já vai ser pactuada muita coisa que vai ser discutida aqui, aí a gente acha que dificilmente haja solução por aqui.

Mas a gente também acha que a Cúpula dos Povos pode apresentar ao mundo as verdadeiras soluções, apontando as falsas, e principalmente repactuando uma nova agenda global para que a gente possa mostrar ao mundo essas verdadeiras soluções.

O rascunho do documento oficial da Rio + 20 apresenta retrocessos em relação à Eco 92, principalmente nos direitos humanos. Este retrocesso oficial da Rio + 20 limita ou amplia as possibilidades da Cúpula dos Povos?Painel - É... Eu acho que amplia, porque isso não está acontecendo só nesse documento preparatório da Rio + 20, está acontecendo no Brasil e em vários lugares. Acho que isso amplia o poder de nós mostrarmos aos povos que os direitos conquistados, o princípio do direito adquirido, está sendo totalmente ferido com esse retrocesso que está sendo feito por grandes governos. Então acho que isso pode ampliar um pouco a nossa luta, o nosso discurso, em relação a esse desgoverno que anda acontecendo...

A votação do novo Código Florestal é um exemplo desse retrocesso.
Painel - Sem dúvida. É um retrocesso enorme. A gente acha que o Código Florestal poderia até ter algumas melhoras, mas quem está fazendo isso é o pessoal do agronegócio, que prometeu revolução verde, que prometeu acabar com a fome no mundo, e a gente vê que isso é uma grande balela, com o desmatamento aumentando e os pequenos agricultores sendo expulsos das suas terras em favor dos grandes agricultores. A gente acha que o Código Florestal pode ser uma das grandes bandeiras que a gente vai levantar na cúpula contra o próprio governo brasileiro.

Ou seja, a Cúpula dos Povos somaria forças para tentar reaver o antigo Código Florestal.
Painel - Eu não sei se reaver. Mas que a gente vai protestar, e muito, em favor que se mantenha o código como está, nós vamos. Isso é uma bandeira da cúpula também.

Como avalia a recente declaração da presidente Dilma Rousseff de que não é possível fantasiar sobre uma matriz energética limpa?Painel - Eu acho que fantasiar foi uma palavra muito infeliz da presidente. Porque ninguém propôs, como ela disse no discurso, “que vamos fazer toda a iluminação do Brasil através de energia eólica, ou toda a energia que pode ser consumida através da energia solar”. O que a gente sempre brigou e o que a gente sempre defende é uma diversificação da matriz energética brasileira, e portanto mundial.

O Brasil poderia estar à frente de todos os países porquê tem a condição de não errar como os outros países hoje desenvolvidos erraram na condução de sua proteção aos seus recursos naturais. Então o Brasil hoje tem uma vantagem enorme em poder fazer diferente. Não está fazendo diferente, está fazendo igual. A construção de uma hidrelétrica pode trazer uma energia limpa, mas ela não é sustentável. Então existem várias maneiras de você enxergar isso.

Eu acho que a Dilma foi muito infeliz no discurso dela. Ela vem desde a época do ministério das Minas e Energia com um embate grande com os outros ministérios, principalmente com o ministério do Meio Ambiente. Ela tem um perfil desenvolvimentista, mas eu não achava que ela pudesse ignorar o que a gente vem reivindicando, que é uma extensa diversificação da nossa matriz energética, coisa que não está sendo feita.

A Cúpula dos Povos toma essa fala da presidente Dilma como um recado de que não haverá diálogo entre as visões divergentes?Painel - Não. Não vejo dessa maneira. A gente acha que o governo não está aberto para o diálogo verdadeiro. O diálogo verdadeiro é quando você quer realmente fazer alguma mudança. Nós estamos achando que o governo ainda não está profundamente interessado em fazer as verdadeiras mudanças que gostaria.

O Itamaraty é um dos atores que dificultam um pouco esse processo. Todo o processo que é diplomático, que envolve acordos multilaterais, passa pelo Itamaraty, que sempre tem uma posição muita conservadora em relação à mudanças.

Agora, aberto ao diálogo a gente sempre está, queremos sempre estar. Mas diálogo para avançar, não para ficar na retórica, porque da retórica estamos cansados.
(Por Rodrigo Otávio, Carta Maior, 08/04/2012)

Atividades da cúpula dos povos no "Aterro do Flamengo/R.J" neste fim de semana...

Aterro do Flamengo sediará atividades da Cúpula dos Povos, na Rio+20 Envie para um amigoImprimir

Nesta segunda-feira (26/3), o Comitê Facilitador da Sociedade Civil para a Rio+20 concluiu com a Prefeitura a negociação do local de realização da Cúpula dos Povos. Como previsto, as atividades do evento serão centralizadas no Aterro do Flamengo, Zona Sul do Rio de Janeiro.
O espaço corresponde a uma extensa área a céu aberto, que vai do Museu de Arte Moderna até o Museu da República. Há vinte anos, o local foi sede do Fórum Global, encontro histórico de ONGs de caráter socioambiental durante a Rio 92.
“Pretendemos regastar esse marco histórico, levando a Cúpula dos Povos para um local onde seja possível dar visibilidade para as nossas reflexões e, claro, aproximar ainda mais a sociedade civil do evento”, destaca Moema Miranda, representante do Instituto Brasileiro de Análises Econômicas (Ibase) no Comitê Facilitador.

O evento estima receber cerca de 10 mil pessoas durante o período de 15 a 23 de junho. Para acomodá-las, a Prefeitura está estudando com o Comitê o uso de alocações próximas ao Aterro. “Escolas públicas e até mesmo o sambódromo são opções para alojamento dos participantes”, conta Eduardo Ribeiro, produtor executivo da Cúpula.
Nesse espaço, acontecerão as atividades autogestionadas por organizações e movimentos sociais articulados, plenárias, a Assembléia dos Povos, além de ações culturais e simbólicas. Veja a programação e saiba como inscrever sua atividade para o evento.

Vale lembrar que todas as atividades da Cúpula dos Povos serão abertas a participação da sociedade civil como um todo.
(Cúpula dos Povos, 27/03/2012)

Rio + 20 Começou nesta quarta com impasse...

Rio+20 começa nesta quarta (13) com impasse entre países ricos e pobres Envie para um amigoImprimir

Secretário critica tentativa dos países desenvolvidos de voltar atrás em responsabilidades assumidas. Cúpula foi convocada para renovar princípios da Eco-92, não para mudá-los, diz o chinês Sha Zukang, da ONU

O chinês Sha Zukang, secretário-geral da Rio+20, se pronunciou ontem contra a tentativa de países ricos de retirar ou diluir no documento final da conferência a ideia da "responsabilidade comum, mas diferenciada".

Segundo esse princípio -presente nos acordos globais resultantes da Eco-92-, nações desenvolvidas deverão contribuir mais para o desenvolvimento sustentável.

Zukang chegou ao Rio no final de semana e deve ficar na cidade até o final da Rio+20. A Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável começa oficialmente amanhã, com a última rodada de negociações entre os países sobre o texto que será a base do documento final do encontro. Mas eventos paralelos ligados aos temas em debate já estão sendo realizados desde o final de semana.

O secretário lembrou que o objetivo da Rio+20 é "renovar" os princípios da Declaração do Rio e da Agenda 21, aprovadas há 20 anos.

"Nosso trabalho não é mudar os princípios, acrescentar novos ou eliminar qualquer um deles. Todos os 27 princípios da Declaração do Rio são relevantes e válidos hoje, se não mais", disse.

O documento final da Rio+20 não deverá detalhar metas, mas a questão de quem vai pagar a conta para conciliar proteção ambiental com desenvolvimento atrasa o acordo sobre o texto.

EUA, Europa e Japão dizem que China, Índia e Brasil, entre outros, devem assumir mais responsabilidades. O G-77, grupo que reúne mais de 130 países em desenvolvimento, insiste em manter o princípio da diferenciação.

A negociação continua de amanhã a sexta, mas pode se prolongar até a cúpula propriamente dita, de 20 ao 22, e até que o acordo saia. "As pessoas sempre mostram suas cartas no último minuto."

Segundo a ONU, 134 chefes de Estado e de governo já se inscreveram para falar na próxima semana, mais que na Eco-92 (108) e na Rio+10, em Johanesburgo (104).

Família
A Rio+20 integra uma família de cúpulas da ONU sobre ambiente. A primeira foi em Estocolmo, Suécia, em 1972, dando origem ao relatório "Nosso Futuro Comum". Ele define desenvolvimento sustentável como o que satisfaz as necessidades atuais "sem comprometer a capacidade das gerações futuras de se desenvolverem".

Na Rio+20, os temas centrais são: "economia verde no contexto do desenvolvimento sustentável e da erradicação da pobreza" e "estrutura institucional para o desenvolvimento sustentável".

As propostas em negociação incluem o fortalecimento do Programa da ONU para o Meio Ambiente e a criação de Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, com metas para energia limpa e segurança alimentar.

Mais um nome para economia verde?
O ministro da Ciência, Tecnologia e Inovação, Marco Antonio Raupp, defendeu ontem no Rio que o conceito de economia verde, em discussão na Rio+20, seja ampliado para "economia verde inclusiva". Segundo ele, essa nova concepção deve promover "a geração de empregos, inovação, ciência, inclusão social e a proteção ambiental".

No caminho para os 9 bilhões
O crescimento populacional é o "desafio do século" e não está está sendo tratado adequadamente na Rio+20. A avaliação é do consultor do Fundo de População da ONU, Michael Herrmann. "Estaremos nos enganando se acharmos que é possível falar de desenvolvimento sustentável sem falar sobre quantas pessoas seremos no planeta", disse. A ONU prevê uma população de 9 bilhões em 2050.
(Por Claudia Antunes e Denise Menchen, Folha de S. Paulo, 12/06/2012)

textos e contexto...

Posição do Brasil prevalece no texto final da Rio+20, diz negociador-chefe Envie para um amigoImprimir

O negociador-chefe da delegação do Brasil na Rio+20, André Corrêa do Lago, disse ao G1 na manhã desta segunda-feira (18) que ainda há entraves entre oito e dez pontos do texto final que precisa ser fechado antes da chegada dos chefes de Estado, na quarta-feira (18).

Segundo o embaixador, o governo brasileiro, como presidente da conferência, está sendo incisivo durante as negociações para que ela se encerre ainda nesta segunda-feira (18).

No entanto, existe a possibilidade de as conversas se estenderem até a terça e só acabarem na véspera da chegada dos líderes de governo.

De acordo com Corrêa do Lago, um novo texto redigido pelo Brasil foi entregue aos diplomatas neste domingo (17) com várias posições implementadas pelos diplomatas brasileiros, que, de acordo com ele, estão com voz ativa durante as mesas de debate. "Em dezenas de parágrafos que não haviam acordo, o Brasil apresentou uma solução," afirmou

Corrêa do Lago, que preside a mesa sobre meios de implementação do desenvolvimento sustentável -- financiamento, transferência de tecnologia e capacitação -- definiu como "difícil" a discussão sobre o tema, mas comentou que deverá sair algo concreto durante as reuniões informais, que antecedem a chegada dos chefes de Estado ao Rio de Janeiro.

"Não dá para introduzir algo novo a esta altura. (...) Todo mundo fica segurando tudo para o último minuto. Eles [negociadores] querem saber o que as outras discussões têm de concreto para finalizar o debate", explica.

Sobre a questão do debate sobre oceanos, Corrêa do Lago apontou que há avanços sobre o tema, mas não informou o que há de concreto. O tema é o ponto de discussão com maior consenso entre os governos reunidos no Riocentro até agora.

Previstas para encerrarem até a noite desta segunda, Corrêa do Lago acha que as reuniões devem adentrar a madrugada para que o texto final fique pronto.
(G1, 18/06/2012)

RIO - 20 = NOTÍCIAS

Ativistas não lamentam ausência de Obama na conferência Rio+20 Envie para um amigoImprimir

Na Cúpula da Terra, realizada em 1992, o então presidente dos Estados Unidos, George H. W. Bush (1989-1993), respondeu duramente às acusações contra seu país, um dos maiores emissores de gases-estufa. Bush (pai do presidente de mesmo nome que governou entre 2001 e 2009) decidiu no último momento viajar ao Rio de Janeiro, onde aconteceria a cúpula, e em seu discurso mostrou-se na defensiva.

“Não vim aqui para me desculpar”, declarou Bush aos líderes mundiais em um desafiante discurso de sete minutos. O jornal TerraViva, da IPS, publicado durante a histórica conferência, deu a manchete “Presidente dos Estados Unidos despreza o resto do mundo”.
Antes de deixar Washington em direção ao Rio, Bush disse aos jornalistas: “O tempo do cheque em branco acabou”, se referindo ao fato de que já não daria apoio financeiro ao Convênio sobre a Diversidade Biológica. “Às vezes, liderança significa ficar sozinho”, afirmou.

Naquele ano haveria eleições presidenciais nos Estados Unidos, e Bush praticamente se viu forçado a viajar para o Rio de Janeiro para não perder peso político diante de seu rival, que depois se converteu em presidente, Bill Clinton (1993-2001). Em uma entrevista coletiva em Washington, Clinton criticou a postura de Bush na Cúpula da Terra e o acusou de “atrasar o progresso do mundo rumo a um planeta mais próspero e rico”.
Agora, 20 anos depois, o presidente Barack Obama, que como Bush em 1992 deseja disputar a reeleição, decepcionou a Organização das Nações Unidas (ONU) ao decidir não participar da Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, a Rio+20.

Uma fonte da ONU informou à IPS que a lista de líderes que participarão da Rio+20 só estará definida esta semana, já que é atualizada quase diariamente. Contudo, segundo divulgou a Casa Branca, é certo que a delegação norte-americana não será encabeçada por Obama, mas pela secretária de Estado, Hillary Clinton.
“Diante da postura tomada até agora pelos Estados Unidos nas negociações da Rio+20, e à que adotou nas negociações sobre mudança climática na cidade sul-africana de Durban, talvez seja até uma bênção Obama não participar”, disse à IPS a ativista Meena Raman, da Rede do Terceiro Mundo. Raman se referia à 17ª Conferência das Partes (COP 17) da Convenção Marco das Nações Unidas sobre Mudança Climática, realizada na África do Sul.

Da mesma forma que Bush em 1992 se negou a assumir mudanças nos sistemas de produção e consumo, dizendo que o estilo de vida norte-americano não era negociável, funcionários de Washington no processo da Rio+20 resistem a aceitar determinados princípios, especialmente o de responsabilidades comuns mas diferenciadas diante da mudança climática, apontou Raman. “Também estão retrocedendo em matéria de transferência de tecnologias, onde nem mesmo desejam usar a palavra transferência”, acrescentou.

O financiamento continua como ponto de discordância. No dia 14, delegados do G-77, bloco de nações em desenvolvimento, negou-se a continuar negociando sobre economia verde até que haja compromissos sobre os “meios de implantação”. Na Cúpula Mundial sobre Desenvolvimento Sustentável realizada em 2002, também em Durban, Washington negou-se a reconhecer sua histórica responsabilidade como maior emissor de gases de efeito estufa, responsáveis pelo aquecimento global, lembrou Raman.

Washington “não está fazendo reduções ambiciosas. Não quis que houvesse em Durban nenhuma referência à igualdade nem à responsabilidade comum mas diferenciada, e quer que a maior carga fique com as nações em desenvolvimento”, apontou Raman.
Devido à postura de Washington, “não queremos que Obama, nem nenhum outro líder desse país, venha ao Rio de Janeiro enterrar o que foi acordado em 1992. Não esperamos que os Estados Unidos mostrem alguma liderança para salvar o planeta e os pobres”, afirmou. “Assim, é melhor que o presidente Obama fique em sua casa”, opinou.
Por sua vez, Phil Kline, encarregado de campanhas do escritório norte-americano do Greenpeace, disse à IPS: “Estamos desiludidos porque Obama não mostrou liderança para vir ao Rio, mas muito pior do que isso é os Estados Unidos colocarem obstáculos pelo caminho”.
O ativista afirmou que a maioria dos países deseja avançar e dar, no Rio de Janeiro, o pontapé inicial para um Acordo sobre a Biodiversidade em Alto Mar. “Se Obama quer demonstrar que se preocupa com o desenvolvimento sustentável, deve instruir seus negociadores a, finalmente, protegerem os mares abertos”, defendeu.

Para Tricia O’Rourke, da Oxfam International, “o mais importante é que os negociadores dos Estados Unidos cheguem ao Rio dispostos e interessados em mostrar verdadeira liderança, com compromissos substanciais para criar uma série de novas metas globais de desenvolvimento, que abordem tanto a pobreza quanto a sustentabilidade ambiental”.

Em 1992, Bush foi duramente criticado por organizações não governamentais. O Greenpeace o qualificou de “degenerado ambiental” e o responsabilizou pelo fracasso da cúpula. Agora, predomina o temor de que a história se repita, sobretudo considerando que o Comitê Preparatório que negocia o documento final da Rio+20 avança pouco devido à intransigência dos Estados Unidos e de outras nações ocidentais.

(Por Thalif Deen, IPS / Envolverde, 18/06/2012)

RIO + 20 - NOTÍCIAS

Processos Industriais, Desenvolvimento Sustentável, Passivos Socioambientais

Só 21% das companhias de capital aberto no Brasil fazem relatório de sustentabilidade Envie para um amigoImprimir

Apenas uma em cada cinco empresas brasileiras que se financiam com o dinheiro do conjunto dos investidores presta conta sobre como utiliza os recursos naturais coletivos, se relaciona com suas comunidades e respeita as boas regras de gestão.

A conclusão é de pesquisa da BM&FBovespa com 448 empresas com ações, que será divulgada hoje na Rio+20.

Segundo a pesquisa, só 96 companhias abertas (21,4%) elaboram o relatório de sustentabilidade, publicação periódica em que as empresas relatam as ações para reduzir o impacto ambiental deixado por sua atividade (tratamento da água, emissão de gases, consumo de energia, reciclagem, uso de insumos etc.), programas voltados ao bem-estar da comunidade (incluindo funcionários), além de práticas de boa gestão e respeito ao acionista.

A Bolsa resolveu fazer essa pesquisa atendendo a uma demanda antiga da comunidade financeira, especialmente dos fundos de pensão e das fundações ligadas a universidades estrangeiras, que seguem a determinação de seus associados de só investir em empresas com práticas consideradas responsáveis.

Fabricantes de cigarro e armas e empresas que se envolvam em escândalos de corrupção ou provoquem danos ambientais estão fora do radar desses investidores.

Vários deles se reunirão no dia 28, no Rio, no congresso do PRI (Princípios para o Investimento Responsável). O grupo tem 1.070 signatários que cuidam de US$ 35 trilhões em recursos.

Greenwashing
Para fazer a pesquisa, a Bolsa pediu a cada uma das empresas listadas que relatasse suas práticas de sustentabilidade ou explicasse os motivos pelos quais não faz essa prestação de conta.

Das 352 empresas que não publicam o relatório ambiental, 107 deram respostas como "estamos nos estruturando" ou "somos uma empresa de participações sem responsabilidade sócio-ambiental relevante".

"Parecem poucas empresas, mas é o só começo. E diria que será bem rápido porque a empresa é valorizada. O objetivo é induzir as empresas a organizarem essas informações. Aquilo que eu não meço, não gerencio", disse Sonia Favaretto, diretora de sustentabilidade da Bolsa.

A Bolsa não fez aferição de qualidade das informações prestadas, mas sugere princípios para ajudar na elaboração de relatórios que superem o chamado "greenwashing" -falso ambientalismo com fins de marketing.

Em janeiro, promoveu cinco workshops do GRI (Global Reporting Initiative), organização responsável pelas diretrizes mais utilizadas na elaboração desses relatórios. Na pesquisa, só 46 empresas seguiam as regras do GRI.

No Brasil, quem não divulgar relatório de sustentabilidade não será impedido de negociar ações na Bolsa. Na África do Sul, só empresas que divulgam (ou explicam por que não o fazem) podem ter ações negociadas na Bolsa de Johannesburgo.

(Por Toni Sciarretta, Folha de S. Paulo, 18/06/2012)


Desenvolvimento Sustentável, Combustíveis Fósseis, Poluição Atmosférica

Subsídios a combustíveis fósseis viram batalha no fim das negociações da Rio+20 Envie para um amigoImprimir

No último dia das negociações do documento da Rio +20, o Brasil se esforça para manter no texto um parágrafo que pede o fim dos subsídios "daninhos e esbanjadores" aos combustíveis fósseis.

A frase é considerada por ambientalistas um resultado significativo da conferência do Rio, mas antes é preciso combinar com os russos. E vários outros.

Os grandes países produtores de petróleo, transferindo para a Rio+20 o habitual impasse nas negociações de mudança climática, não querem nem ouvir falar de acabar com subsídios. Venezuela e Arábia Saudita, no domingo, combinaram a portas fechadas uma ação para bloquear as decisões sobre subsídios.
Esses dois países, porém, estão longe de ser as únicas vozes no G77 (o bloco que reúne 130 nações em desenvolvimento, incluindo Brasil e China) a defender a manutenção dos subsídios à energia fóssil.

Segundo explicou nesta segunda-feira à Folha um representante de alto nível do grupo, países africanos e Índia também defendem essa posição, argumentando que precisam dar acesso à energia a uma grande parcela de sua população, que é muito pobre.

Os EUA, que costumam bloquear qualquer decisão contrária aos interesses da indústria do petróleo, se aliam ao Brasil na questão dos subsídios: o presidente Barack Obama e contra sua manutenção, e já defendeu na cúpula do G20, em 2009, que eles sejam eliminados.

Um relatório divulgado nesta segunda-feira no Rio pela ONG Oil Change International mostra que, apesar da promessa, o G20 não fez nada para eliminar os subsídios até hoje. Eles continuam no mundo inteiro, e são da ordem de US$ 775 bilhões --e talvez US$ 1 trilhão-- por ano.
"Enquanto o G20 fala sobre crises econômicas e a Rio +20 se bate sobre finanças ambientais, aparentemente não existe austeridade alguma quando o assunto é a indústria dos combustíveis fósseis", disse Steve Kretzmann, autor do relatório.

Ambientalistas iniciaram uma campanha no Twitter para que a Rio +20 elimine os subsídios.

(Por Claudio Angelo e Claudina Antunes, Folha Online, 18/06/2012)


ESTAMOS NA LUTA, NADANDO, NADANDO, PORÉM, NÃO MORREREMOS NA PRAIA...OU VAMOS?

Desenvolvimento Sustentável, Legislação e Governo, Processos Industriais

Cúpula dos Povos e G20 mostram caminhos opostos para Rio+20 Envie para um amigoImprimir


Não é pura coincidência que a Cúpula do G20 se realizará no México os dias 18 e 19 de Junho, dois dias antes da Rio+20. Ambas as cúpulas são certamente acontecimentos muito diferentes, sobretudo em termos de legitimidade, transparência e multilateralismo.
Quando o G20 anunciou que uma das cinco prioridades da agenda para a Cúpula deste ano era o que chamam de “crescimento verde”, começou a se desvelar a ameaça que agora aparentemente se consolida. A presença no México dos presidentes das maiores economias, muitos dos quais não virão ao Rio de Janeiro, complementa as notícias de que as principais decisões a serem adotadas na Rio+20 já chegarão em um pacote pronto e definido pela reunião do G20. Assim, a atual correlação de forças no mundo utilizará mais uma vez o caminho da imposição de sua lógica dominante.
Os movimentos sociais e organizações da sociedade civil, que realizamos neste momento a Cúpula dos Povos no Rio de Janeiro, repudiamos e denunciamos este acionar que reforça não só o sistema econômico que vem promovendo a mercantilização e financeirização da natureza, como que já sem nenhum pudor, impõe o sequestro das democracias do mundo.
As consequências da atitude antidemocrática, predatória e gananciosa dos governos dos países mais desenvolvidos a serviço dos interesses de suas corporações serão com certeza dramáticas para o futuro do planeta e sua população.
Ao contrario, a Cúpula dos Povos reafirma sua luta contra a mercantilização e privatização da Natureza, em favor da Justiça socioambiental, de uma governança global democrática e a defesa dos Bens comuns da Humanidade.
(Comitê Facilitador da Sociedade Civil Brasileira para a Rio+20 / Cúpula dos Povos, 17/06/2012)

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Todo o espaço NAVE será ornamentado, reaproveitado , reciclado, restaurado,,,,

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NAVE: Núcleo Ambiental de Vivência ecológica

Vamos plantar? multiplicar? vem pro NAVE

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Você gosta de pássaros? Então plante árvores, e convide-os para ceiar com você, assista de longe, e respire o ar puro e ouça o canto dos nossos pássaros...

Matéria revista VISÃO SOCIAL 2008

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Há muitos anos atuando efetivamente na mesma direção...sustentabilidade....

NAVE: BANDEIRA DA CRUZADA DA ECOLOGIA...

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A luta é grande...

Reciclar é simples assim...

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NÓS RECICLAMOS, E VOCÊ?

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Selo da Oficina de Reaproveitamento

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Gestão: Samantha Lêdo

Auditorias

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Qualidade é: Executar corretamente mesmo que, não seja observado...

A Educação é apenas o começo de um ciclo produtivo limpo E SUSTENTA´VEL.

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Educação para a cidadania do descarte adequado!

RAIZ DO PROBLEMA...

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A FALTA DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL...

RESUMO DA ATA DO ATO PÚBLICO DO DIA MUNDIAL DO MEIO AMBIENTE 2012

ATA do ato público: DIA MUNDIAL DO MEIO AMBIENTE 05 DE JUNHO DE 2012

COLABORADORES:

GT RIO, CÚPULA DOS POVOS, INSTITUTO MAIS DEMOCRACIA, SINDPETRO R.J, SEPE R.J, MTD, MAB, CAMPANHA CONTRA OS AGROTÓXICOS, LEVANTE POPULAR DA JUVENTUDE, MST, MST-R.J, COMITÊ POPULAR DA COPA E OLIMPÍADAS, GRUPO AMBIENTALISTA DA BAHIA, SINDICATO NACIONAL DOS AEROVIÁRIOS, REDE BRASILEIRA DE JUSTIÇA AMBIENTAL, PACS, REDE JUBILEU SUL BRASIL, FÓRUM DE SAÚDE DO RIO, FRENTE CONTRA A PRIVATIZAÇÃO DA SAÚDE, VIA CAMPESINA, APEDEMA-REGIONAL BAIXADA, RIO MENOS 20, MNLM, AMP VILA AUTÓDROMO, CONSULTA POPULAR, ABEEF, DACM/ UNIRIO, REDE DE GRUPOS DE AGROECOLOGIA DO BRASIL, REGA, PLANETA ECO, SAMANTHA LÊDO E FAFERJ.

Gilvenick: discussão que a ONU em diversas convenções, citando a de Estocolmo, e nada de concreto, ele declara que, o cumpra-se não está sendo cumprido na legislação ambiental e no que diz respeito a participatividade social no fórum.

Sergio Ricardo: Um dos principais objetivos é, dar voz e fortalecer as populações e trabalhadores impactados com a má gestão empresarial acobertada por autoridades competentes, lagoa de marapendí,...ele fala sobre o processo de despejo nas lagoas, SOBRE AS EMPREITEIRAS, ELE FALA TAMBÉM SOBRE AS AMEAÇAS AO Mangue De Pedra, pois só existem 3 no Planeta, e que há um a história sobre a áfrica que abrange aspectos geológicos, antropológicos e arqueológicos para a localidade, precisa se pensar no modelo de ocupação dos solos, Sergio declara sobre os documentos enviados ao ministério público hoje e sempre, ele fala das irregularidades nos licenciamentos ambientais,”fast food”.

Marcelo Freixo: Precisamos de estratégias consistentes e que uma delas importante neste dia de hoje é, de luta e alerta, sobre a ação direta que está sendo encaminhada para o supremo tribunal federal para a cassação de algumas licenças concedidas de forma irregular, contra a TKCSA, contra empresas que não se preocupam com a dignidade humana, e a luta vem a tender os recursos que afetam desde o pescador artesanal até a dona de casa, ele fala do parlamento europeu, sobre os investimentos sociais, sobre isenções fiscais mascaradas de deferimento, uma vez que uma lhes dá o direito de usar o dinheiro público para obras e interesses privados...e que no final sempre os maiores prejudicados são, as populações de risco social gerando um looping social descendente.

Hertz: Hoje nós temos um modelo de desenvolvimento que, privilegia as grandes empresas, as licenças estão sendo realizadas sem os devidos EIAs/RIMAs E SUA CONFORMIZAÇÃO Á LEGISLAÇÃO AMBIENTAL CONFORME: 6.938 – SLAM – 9605 – 9795 e outras...temos que nos unir para exigir mais critérios nos licenciamentos, nós é que temos que tomar conta do Planeta, ele declara que continuaremos discutindo durante todo o movimento.

Vânir Correa: Morador da Leopoldina pergunta o que nós moradores ganharemos com as obras da transcarioca, que tem um traçado que vai da barra da tijuca até a Penha?

Carlos Tautz: Declara que o BNDS, um banco para o desenvolvimento econômico do povo brasileiro, não tem critérios definidos de forma técnica e socioambiental para a liberação de recursos, apesar de declarar o contrário, é um banco que está trabalhando para emprestar aos ricos e multiplicar suas riquezas, que todas as grandes obras no Brasil contaram com recursos de BNDES, e que sempre maqueada em dispositivos legais, burlando a legalidade e que se reparar-mos, são sempre os mesmos conglomerados, mesmos donos, sempre pegando o mesmo dinheiro (DO POVO). Ele convoca a todos a participar da cúpula dos povos, pois na, RIO + 20 NÃO TEREMOS VOZ E NEM DIREITOS, JÁ ESTÁ TUDO FECHADO, MARCADO ECARIMBADO. A CÚPULA DOS PVOS TRATA-SE DO ÚNICO ESPAÇO REAL EM QUE A SOCIEDADE CIVIL ORGANIZADA OU NÃO PODERÁ SE MANIFESTAR, CONTRIBUIR, COLABORAR, APOIAR, CRIAR E IMPLEMENTAR IDÉIAS,,,

CARLOS DO IBAMA DECLARA QUE AS ATIVIDADES ESTARÃO SUSPENSAS ATÉ O DIA 23, UMA POSIÇÃO TOMADA POR ELE E OUTROS COMPANHEIROS DO SETOR, QUE NÃO COMPACTUAM COM O DESCASO E INCOMPETÊNCIA DO ORGÃO EM QUE ATUA.

FUNCIONÁRIO DO SINDICATO DOS SERVIDORES DA FIOCRUZ DECLARAM-SE SLIDÁRIOS E ATIVISTAS NO MOVIMENTO.

GRUPO HOMENS DO MAR DECLARA O DESCASO GERAL COM A BAÍA DE GUANABARA UM CARTÃO POSTAL E PARAÍSO ECOLÓGICO DO RIO DE JANEIRO.

RENATO 5(NÚCLEO DE LUTAS URBANAS): AMLUTA PELA JUSTIÇA SOCIOAMBIENTAL É FUNDAMENTAL NESTE MOMENTO, O PLANETA ESTÁ REPLETO DE INJUSTIÇAS AMBIENTAIS, VIVEMOS NUMA CIDADE NÃO PODE DISSEMINAR A SEGREGAÇÃO. ELE FALA QUE A INJUSTIÇA É VALIDADA DESDE A, DIVISÃO ESPACIAL DO SOLO, OS ESPAÇOS SOCIAIS E QUE SOMOS UMA CIDADE QUE NÃO PODE COMPACTUAR COM OS DISCURSOS HIPÓCRITAS DA RIO + 20.

ALEXANDRE PESSOA (SINDICATO DOS TRABALHADORES DA FIOCRUZ): EM FRENTE AO INSTITUTO DO AMBIENTE, COM A MISSÃO DE GARANTIR ATRAVÉS DO LICENCIAMENTO AMBIENTAL A JUSTIÇA, O QUE NÃO ACONTECE COM ESTE ÓRGÃO. ELE APRESENTA NO AMBIENTE ACADÊMICO AS FFALSAS SOLUÇÕES DE ECONOMIA VERDE, SÃO INÚMEROS OS, DESCASOS NA ÁREA DA SAÚDE DEVIDO A MÁ GESTÃO AMBIENTAL DE, NOSSA CIDADE, DE NOSSO BRASIL DESDE, BELO MONTE AOS AGROTÓXICOS, DESTA FORMA NÃO HAVERÁ HOSPITAIS QUE POSSAM ATENDER SE A POLUIÇÃO E A FALTA DE COMPROMETIMENTO CONTINUAREM DESTA FORMA QUE ESTÁ. O POVO NÃO QUER PAGAR UMA CONTA NA QUAL NÃO NOS CONSULTAM PARA FAZÊ-LA. HOJE, MESMO COM TANTOS DESCASOS DE GOVERNOS PASSADOS COM A QUESTÃO AM IENTAL, UNICA FOI TÃO FÁCIL CONSEGUIR UM LICENCIAMENTO AM BIENTAL. ACORDA BRASIL!!!

HELENA DE BÚZIOS CLAMA PELA PRESERVAÇÃO DO MANGUE DE PEDRA E O REFERIDO PROJETO LOCAL.

PAULO NASCIMENTO: DECLARA QUE É CONTRA QUALQUER GOVERNO DO SERGIO CABRAL, POIS HOJE OS MILITARES SÃO ESCURRAÇADOS DENTRO DOS QUARTÉIS, E QUE PASSAMOS POR UMA DITADURA LIVRE, DISFARÇADA, ELE DECLARA TAMBÉM QUE O ESTADO NÃO LHES FORNECE UNIFORME, OU SEJA, ELES UTILIZAM O MESMO UNIFORME MESMO NA TROCA DE TURMA, OU SEJA, 24/24 E A FILA ANDA,,,,SÃO VÍTIMAS DE DIVERSAS DOENÇAS DE PELE, COMPROVADAMENTE, E QUE OS QUE SE MANIFESTAM SÃO EXCLUÍDOS.Peço desculpas aos companheiros por alguma falha de interpretação e ou nomenclaturas, ficarei grata com as correções e críticas.

Cartão Postal Ecológico - Ilha Grande

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Clieke aqui e acesse a página.

Click Talentos Ambientais

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Rogèrio Peccioli - Macaé/R.J-Brasil

ONG Beija Flor

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Amor, às crianças, à natureza, à vida!!

CONHEÇA MAIS AS LEIS E NORMAS AMBIENTAIS

LEIS:
6938 de 31/08/81 - Política Nacional do Meio Ambiente
7804 de 18/07/89 - Lei alteração da lei 6938
10.165 de 27/12/00 - Lei dispõe sobre a taxa de fiscalização ambiental.
7679 de 23/11/88 - Pesca predatória
9605 de 12/02/98 - Crimes Ambientais
Art. 29 - CONTRA A CAÇA A ANIMAIS
4191 de 30/09/2003 - Política Estadual de resíduos Sólidos
4074 de 04/01/2002 - Regulamenta a produção de Embalagens, rotulagem.
3239 de 02/08/99 - Política Estadual de Recursos Hídricos.
11.445 de 05/01/07 - Lei de Saneamento Básico
9433 de 08/01/97 - Política Nacional de Recursos Hídricos
9985 de 18/07/2000 - Unidades de Conservação
1898 DE 26/11/91 - Lei de Auditoria Ambiental Anual
5438 de 17/04/09 -Institui o Cadastro Técnico Estadual
9795 de 27/04/99 - Políca Nacional de Educação Ambiental
4771 de 15/09/65 - Manguezais
10.257/01 direto - Estatuto das Cidades
6.766 de 19/12/79 - Parcelamento do Solo Urbano
4132 de 10/09/62 - Desapropriação
7735 art. 2º - Determina a autarquia no IBAMA
___________________________________________ INEA
5101 DZ 0041 R 13 EIA/RIMA
DZ - 056 - R2 Diretriz para a realização de Auditorias Ambientais.
DZ 215 Grau de Classificação de carga orgânica

____________________________________________ 42.159/09 - Licenciamento Ambiental Simplificado - Classe 2 Tab. 01
__________________________________________ CONAMA
313/2002 - Resíduos Industriais
008/84 - Reservas Ecológicas
237 - Utilização dos Recursos Naturais
__________________________________________ SASMAQ 202005 - Reduzir os riscos de acidentes nas operações de transporte de distribuição de produtos químicos
9001 - Gestão da Qualidade
14001 - Gestão Meio Ambiente
10004 - gestão de Resíduos
_______________________________________
SLAM - (sistema de Licenciamento ambiental)
SLAP - (Sistema de Licenciamento de Atividades Poluidoras)
PEGIRs - Plano Diretor de gestão Integrada de Resíduos Sólidos
__________________________________________

PENSE SUSTENTÁVEL...

REDUZA, REAPROVEITE, RECICLE!!!

Projeto O meu rio que se foi...

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Samantha ledo - Escola Engenho da Praia - Lagomar - Macaé...

Adquira as camisetas do projeto Comunidade Sustentável

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Recicle! Apoie! clique na foto e adquira a sua já!

Educação e Coleta Seletiva

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ONG Beija Flor

Visita de Samantha Lêdo e Professor Feijó ao Galpão das Artes Urbanas/R.J

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Samantha Lêdo, Professor Feijó, Alfredo Borret e Ana Cristina Damasceno

RESPONSABILIDADE SOCIOAMBIENTAL

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EMPRESAS

EDUCAÇÃO PARA A INCLUSÃO!!

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CATADORES CONHECEDORES TÉCNICOS DA MATÉRIA PRIMA.

CAMISETA RECICLE

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FAÇA PARTE DA COMUNIDADE SUSTENTÁVEL

luminária produzida a partir da caixa de amortecedores para veículos.

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EMBALAGEM DE PAPELÃO - ARTES PLÁSTICAS PARA TRANSFORMAÇÃO DA MATÉRIA PRIMA

ATO PÚBLICO - CÚPULA DOS POVOS

ATO PÚBLICO - CÚPULA DOS POVOS
05 DE JUNHO DE 2012, DIA MUNDIAL DO MEIO AMBIENTE, VÉSPERAS DA RIO + 20 - MANIFESTAÇÃO CONTRA O FORMATO DO EVENTO EM NOSSO PAÍS,

Oficina de Arte em Reciclagem - Planeta Eco Arte

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Evento de Responsabilidade Socioambiental: Escola Engenho da Praia.

Reaproveitamento papelão, pet, vidros, madeira, e outros...

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REAPROVEITAMENTO E RECUPERAÇÃO...2º e 4º Rs

Revenda Samantha Lêdo

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Produtos Naturais e Ecológicos Ama Terra

Arte de reaproveitar...

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Reaproveitamento de papelão

Enquanto os "Legumes e Verduras" são, a "fonte da saúde, da beleza e da sonhada qualidade de vida!!"

0 galinhas
0 perus
0 patos
0 porcos
0 bois e vacas
0 ovelhas
0 coelhos
0

Número de animais mortos no mundo pela indústria da carne, leite e ovos, desde que você abriu esta página. Esse contador não inclui animais marinhos, porque esses números são imensuráveis.

Não desista nunca!

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Siga em frente, força!

Grupo Comunique Sutentável

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Pratique essa idéia!

Horta Orgânica

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Mais fácil e simples do que imaginamos...

RECICLAGEM DE RETALHOS - Homenagem aos petroleiros da Bacia de Campos.

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Sentinela! Não pode relaxar ...Arte, Criação, Curadoria: Samantha Lêdo - Planeta Eco Arte

Vamos reciclar?

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(Samantha Lêdo)
Bem vindo(a) ao meu blog e Saudações Ecológicas da
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Programa de agroecologia: André Cajarana

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Boas iniciativas ja ocorrem no alto sertão sergipano.

Nossos parceiros!

Calcule a sua pegada ecológica

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Revista Samantha Lêdo

Aquífero Guarany

ASSINE A PETIÇÃO

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 O que o mau uso do plástico pode gerar


Embora quase todos os plásticos utilizados para as embalagens sejam mecanicamente recicláveis, é comum a banalização de seu uso e descarte inadequado. Esse descarte, gera enormes impactos ambientais, desde o acumulo  em locais indevidos nas cidades à contaminação de rios e mares.

       

SANEAMENTO JÁ

SANEAMENTO JÁ

Lixo Eletrônico na China!

A SERVIDÃO MODERNA : EDITADO

Pegada Ecológica

Mas tudo começa no individual. O que você comeu hoje? Tem feito muitas compras? Todas necessárias? Como andam suas viagens? Quando trocou seu celular pela última vez? Tudo faz parte da sua Pegada. Conheça-a com mais detalhes e engaje-se numa nova corrente, baseada em valores que permitam o desfrute do melhor que o planeta nos oferece com responsabilidade. Nós do Grup Comunique Sustentável juntamente com Samantha Lêdo apoiamos essa causa!

Calcule já a sua!

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Pegada Ecológica, eu apoio!

Taxa de crescimento da produção industrial do plástico.

Taxa de crescimento da produção industrial do plástico.

Morrendo por não saber...

I encontro Eco Social para a sustentabilidade

I encontro Eco Social para  a sustentabilidade
Espaço Ambiental NAVE -

Evento a Praça é Nossa!

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Exposição Reciclos

Faça parte dessa Trupe...

Faça parte dessa Trupe...
Trupe da Sustentabilidade

Parceiros na responsabilidade socioabiental

Parceiros  na responsabilidade socioabiental
Criando força para a a sustentabilidade!

Imagem captada em um passeio em São Pedro da Serra!!

Imagem captada em um passeio em São Pedro da Serra!!
Friburgo/R.J

Macaé de Cima - A natureza literalmente em nossas mãos...

Macaé de Cima - A natureza literalmente em nossas mãos...
NAVE - NÚCLEO AMBIENTAL DE VIVÊNCIA ECOLÓGICA: EM BREVE!!

ESTA É A HORA DE AGIR!!!

ESTA É A HORA DE AGIR!!!
A INVIABILIDADE É TOTAL, NÃO HÁ ARGUMENTOS PARA A ENERGIA NUCLEAR

Valores, quais são os seus?

Valores, quais são os seus?

Apoie o Projeto Comunidade Sustentável

Patrocinio

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Financeiro

Atividades Outubro

Atividades Outubro
Trupe da Reciclagem

Para os líderes mundiais e os Ministros da Agricultura:

Pedimos-lhe para proibir imediatamente o uso de pesticidas neonicotinóides. O drástico declínio em colônias de abelhas é susceptível de pôr em perigo toda a nossa cadeia alimentar. Se você tomar medidas urgentes com cautela agora, poderia salvar as abelhas da extinção. Samantha Lêdo apoia a petição, e você?
 
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Trupe da Reciclagem

Trupe da Reciclagem
Produção do PUFF

Google

MSOL< Planeta Eco Arte e UNIGRANRIO:Semana do meio Ambiente

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Goiaba brotando internamente...

Goiaba brotando internamente...
centenas de mudas numa embalagem orgânica....

Parcerias Integradas para a gestão dos seus resíduos.

Parcerias Integradas para a gestão dos seus resíduos.
Faça a sua parte como gerador e faremos a nossa como gestores e recicladores.

Talentos da "Fotografia Ambiental."

Talentos da "Fotografia Ambiental."
Bacurau Chitão - Fotografia: Rogèrio Peccioli

Consórcio para o compartilhamento de responsabilidades...párticipe!!

Consórcio para o compartilhamento de responsabilidades...párticipe!!
Na prática, todo mundo sabe na teoria!!

Luminária papelão - caixa de casquinhas Kibon

Luminária papelão - caixa de casquinhas Kibon
Arte e Criação: Samantha Lêdo

Uso e reuso!! E você?

Uso e reuso!! E você?
Re aproveitamento de àgua...Pense nisto...

Não adquira se, não for madeira legal

Não adquira se, não for madeira legal
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Apoio

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Institucional

Classificação de Resíduos Sólidos

Selo de Responsabilidade Socioambiental "Eu Apoio"

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Garanta o seu!

Lojinha Socio Ambiental - PLANETA ECO ARTE

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Móbile de PET - Buterfly - Samantha Lêdo

Reciclagem de caixotes de Madeira

Reciclagem de caixotes de Madeira

A educação agrega todos na mesma causa...

A educação agrega todos na mesma causa...
Colaboradores e Empresa conscientes.

Fotos ambientais brasileiras

Fotos ambientais brasileiras
Esquilo - Fotografia: Rogério Peccioli - Macaé-R.J/Brasil

EDUCAÇÃO E CONSCIENCIA DA RECICLAGEM

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Palestras para escolas, empresas e condomínios.

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Grupo Comunique Sustentável

Assine pela criação do santuário das baleias

753538 pessoas no mundo inteiro já assinaram, e você?