Até quando continuaremos agindo da mesma forma se, sabemos que os resultados não são satisfatórios? Ao contrário, há muitos anos a máquina de desenvolvimento urbano está travada com a barra de ferro do sistema capitalista. Fiz esta matéria para alertar a população sobre os problemas que acontecem toda vez que chove muito forte, a grande verdade que não quer calar é que, estamos reféns de uma elite ignorante e alheia quando, o assunto é preservação do meio ambiente, e atuam sempre á frente de maneira equivocada responsabilizando a população quando suas metodologias não funcionam para as massas. Sempre com o poder de manipulação da informação, somos levados para qualquer direção, inclusive para a morte. Estar consciente sobre as vidas existentes no planeta, a harmonia da fauna e da flora, a entropia de todos elementos que dispomos para a sobrevivência é fundamental para a preservação de nossa espécie. Querem nos extinguir, isso é fato!
Por Samantha Lêdo
Para compreender a temática alagamentos, é necessário
primeiramente fazer um levantamento do crescimento da população urbana e a
distribuição das chuvas, já que estes assuntos estão diretamento ligados a
problemática aqui estudada. Seriam estes alguns dos causadores dos alagamentos
urbanos: o crescimento da população urbana e a impermeabilização do solo, assim
como o período chuvoso, pois quando o mesmo ocorre de forma concentrada em
algumas horas dificulta a absorção da água pelo solo, mesmo que este esteja
permeável.
1.1 Crescimento da população urbana
Inicialmente é necessário destacar que as cidades brasileiras, de
forma despreparada na década de 1960 abrigaram uma população que estava
sendo banida dos campos.
Dessa forma, o êxodo rural contribuiu para que as cidades
brasileiras crescessem de maneira acelerada e desordenada, pois tiveram que
abrigar esse contingente de população que estava sendo expulsa do campo e
buscava novos empregos e habitações nas cidades. Mesmo sem uma infra-estrutura
planejada e adequada as cidades acabaram abrigando essa população, no entanto,
esse acolhimento gerou um desencadeamento de problemas anos depois.
O Brasil apresentou, ao longo das últimas décadas, um crescimento
significativo da população urbana, criando-se as chamadas regiões
metropolitanas. A taxa de população urbana brasileira é de 80%, próxima à
saturação. O processo de urbanização acelerado ocorreu depois da
década de 60, gerando uma população urbana praticamente sem
infra-estrutura, principalmente na década de 80, quando os investimentos
foram reduzidos (TUCCI, 2007, p.15).
O Brasil estava se convertendo em um país fundamentalmente
urbano, como salienta Tucci (2007, p.15):
As causas e consequências dos alagamentos,
inundações e enchentes urbanas, por serem processos que diretamente se
relacionam e tem na maior parte das ocorrências os mesmos causadores, é preciso
estudar quais são estes fatores, por isso que a seguir
serão expostos alguns estudos de autores que debateram o assunto e contribuiram
para a compreensão da temática.
Um dos fatores importantes que causam esta problemática é a
impermeanilização do solo, as áreas urbanas foram transformadas com o aumento
da população que, para abrigá-la, foi necessário a pavimentação dos solos, ou seja,
sua impermeabilização, como explica Oliveira (1999, p. 65): ―A impermeabilização do
solo é um processo inerente a expansão urbana, assim como a alteração dos
entornos dos cursos fluviais, já que por muitas vezes a urbanização ocorreu ao longo
dos rios‖.
É relevante apresentar o ciclo hidrológico para se observar os
caminhos da água. Gorski (2010) apresenta uma figura que demonstra este ciclo
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(Figura 2). Nele podemos destacar como importantes para o presente trabalho, os
caminhos da precipitação, o escoamento superficial e a infiltração.
Figura 2 - Ciclo hidrológico
Fonte: GORSKI, 2010, p.43
Sobre o ciclo hidrológico Tucci (2005) elenca quatro alterações que
o mesmo soferá devido aos impactos que a urbanização provoca na cobertura
vegetal, mais especificamente a impermeabilização do solo e condutos para o
escoamento da chuva:
Com a urbanização, a cobertura da bacia é alterada para pavimentos
impermeáveis e são introduzidos condutos para escoamento pluvial,
gerando as seguintes alterações no referido ciclo: 1. Redução da infiltração
no solo; 2. O volume que deixa de infiltrar fica na superfície, aumentando o
escoamento superficial. Além disso, como foram construídos condutos
pluviais para o escoamento superficial, tornando-o mais rápido, ocorre
redução do tempo de deslocamento, desta forma as vazões máximas
também aumentam, antecipando seus picos no tempo; 3. Com a redução da
infiltração, o aqüíferos tende a diminuir o nível do lençol freático por falta de
alimentação (principalmente quando a área urbana é muito extensa),
reduzindo o escoamento subterrâneo[...] 4. Devido a substituição da
cobertura natural ocorre uma redução da evapotranspiração, já que a
superfície urbana não retém água como a cobertura vegetal e não permite a
evapotranspiração das folhagens e do solo. (TUCCI, 2005, p. 514).
Assim sendo, a infiltração, o escoamento superficial, o volume do
lençol freático e a evapotranspiração tendem a diminuir ou se modificar. Tucci
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(2005), ressalta que estas consequências podem ser alteradas conforme o tipo de
solo e rocha de cada cidade, além da quantidade de chuva e clima.
Leiam:
O problema das enchentes passou a ser algo comum na vida das populações de algumas cidades. Infelizmente, todo o ano é a mesma coisa: entre os meses de dezembro e fevereiro, os noticiários são tomados por problemas relacionados com a elevação dos cursos d´água e a inundação de casas e ruas, desencadeando uma série de tragédias que, quase sempre, poderia ser evitada.
Mas por que as enchentes ocorrem? É possível combatê-las?
A figura abaixo apresenta um esquema de uma seção de rio em área rural. Podemos observar a calha principal do rio, que é onde correm as águas durante todo o ano. Quando ocorre uma forte chuva a calha principal do rio, também chamada de leito menor, não tem capacidade suficiente para escoar o fluxo, então ocorre o transbordamento e as águas passam a ocupar a calha secundária, ou leito maior. O leito maior é usado para expansão do escoamento fluvial durante as chuvas ordinárias, com tempo de recorrência em torno de 2 anos. A elevação do nível d’água dentro do rio, resultante de precipitações sobre a bacia, é chamada de cheia fluvial. Quando ocorrem chuvas mais intensas, a água do rio pode transbordar para as planícies marginais, ocasionando uma enchente. Este fenômeno é natural, mas pode ser agravado pela ação do homem.
Quando este fenômeno natural ocorre em áreas onde há ocupação, ocorre a
inundação, como pode ser visto na figura abaixo. Com a impermeabilização das áreas urbanas, o escoamento superficial é maior e, consequentemente, o volume de água que chega ao rio também, provocando uma inundação de maiores proporções. Como a planície marginal e, em muitos casos, até o leito maior do rio estão ocupados, o risco (veja o post
Sobre riscos e perigos…) também é maior.
As
enxurradas são escoamentos superficiais provocados por chuvas intensas em bacias com curto tempo de concentração (não sabe o que é tempo de concentração, saiba
aqui!) e com elevada declividade. Elas ocorrem devido ao rápido acúmulo de águas na calha principal do rio, o que causa acréscimo na velocidade das águas. Essa situação por si só aumenta o poder de destruição do escoamento. E para piorar, muitas vezes estão associadas ao movimento não só de água e sim água, terra, pedras, pedaços de troncos e tudo que aparecer no caminho, criando um movimento de massa ainda mais destruidor. Podem ocorrer em áreas rurais e também urbanas. Obviamente, são mais severas e trazem maiores riscos em áreas com grande nível de ocupação e impermeabilização.
É isso! Espero ter esclarecido um pouco cada termo.
Causas naturais das enchentes
Em geral, os rios perenes – isto é, aqueles que nunca secam durante o ano – costumam ter dois tipos de leito: um menor e principal, por onde a água corre durante a maior parte do tempo, e um maior e complementar, que é inundado apenas em períodos de cheias. Essa manifestação é mais comum em áreas planas, também chamadas de planícies de inundação. Observe o esquema a seguir:
Esquema de um rio, com o seu leito maior e menor representados
Na representação acima, temos um corte transversal do curso de um rio em que estão representados os seus leitos maior e menor. Eventualmente, dependendo do curso d'água e das condições meteorológicas e locais, o leito maior é inundado, provocando as cheias em sua área. O período em que isso ocorre varia de rio para rio e, quando não é muito comum, o leito do rio pode até ser ocupado por algumas casas, vilas e até cidades, que são surpreendidas pelas cheias naturais eventuais. Em alguns casos, cidades inteiras ficam embaixo d´água.
Exemplo de cidade invadida pelo leito maior de um rio
Causas antrópicas das enchentes
A interferência humana sobre os cursos d'água, provocando enchentes e inundações, ocorre das mais diversas formas. Em casos extremos, porém menos comuns, tais situações podem estar relacionadas com rompimentos de diques e barragens, o que pode causar sérios danos à sociedade. Mas, quase sempre, essa questão está ligada ao mau uso do espaço urbano.
Um problema que parece não ter uma solução rápida é o elevado índice de poluição, causado tanto pela ausência de consciência por parte da população quanto por sistemas ineficientes de coleta de lixo ou de distribuição de lixeiras pela cidade. Além do mais, há problemas causados pela poluição gerada por empresas e outros órgãos. Com isso, ocorre o entupimento dos bueiros que seriam responsáveis por conter parte da água que eleva o nível dos rios. Além disso, o lixo gerado é levado pelas enxurradas e contribui ainda mais para elevar o volume das águas.
A ocorrência de enchentes nas cidades também pode estar relacionada comproblemas nos sistemas de drenagem. Às vezes, não há bueiros ou outras construções que seriam responsáveis pela contenção ou desvio da água que corre para os rios, provocando a cheia deles. Além disso, somente a construção de bueiros e sistemas de drenagem pode não ser suficiente, isso porque as demais ações antrópicas podem elevar gradualmente a vazão das enxurradas ao longo dos anos, fazendo com que as drenagens existentes não consigam atender toda a demanda.
Outra questão é a ocupação irregular ou desordenada do espaço geográfico. Como explicamos, algumas áreas correspondem ao leito maior de um rio que, esporadicamente, inunda. Com a ocupação irregular dessas áreas – muitas vezes causada pela ausência de planejamento adequado –, as pessoas estão sujeitas à ocorrência de inundações. Além disso, a remoção da vegetação que compõe o entorno do rio pode intensificar o processo, pois ela teria a função de reter parte dos sedimentos que vão para o leito e aumentam o nível das águas.
Apesar de todos os problemas acima mencionados, a causa considerada principal para as enchentes é, sem dúvida, a impermeabilização do solo. Com a pavimentação das ruas e a cimentação de quintais e calçadas, a maior parte da água, que deveria infiltrar no solo, escorre na superfície, provocando o aumento das enxurradas e a elevação dos rios. Além disso, a impermeabilização contribui para a elevação da velocidade desse escoamento, provocando erosões e causando outros tipos de desastres ambientais urbanos.
Como combater as enchentes?
Existem inúmeras medidas de combate às enchentes. A cidade de Belo Horizonte, por exemplo, contratou em outubro de 2013 alguns “olheiros”, que são funcionários encarregados de detectar o início de inundações em áreas de risco. Eles teriam a função de minimizar os efeitos da “inundação relâmpago”, aquela que ocorre em um curtíssimo período de tempo. Outras ações envolvem a construção de barragens e o desassoreamento do leito dos rios, em que todos os sedimentos existentes no fundo dos cursos d'água são removidos, aumentando a sua profundidade.
Mas todas essas medidas são paliativas, ou seja, são apenas para minimizar ou combater uma situação já existente. A melhor forma de lidar com esse problema, na verdade, é realizar uma devida prevenção, através da construção de sistemas eficientes de drenagem, a desocupação de áreas de risco, criação de reservas florestais nas margens dos rios, diminuição dos índices de poluição e geração de lixo, além de um planejamento urbano mais consistente.
Ocorrência de enchente no estado de Santa Catarina, em 2008. *
O problema das enchentes é crônico em muitas cidades brasileiras, com destaque para o Rio de Janeiro. A capital carioca costuma sempre aparecer nos noticiários com ocorrências desse tipo em períodos de chuva, além de outras cidades que também padecem da mesma situação. As inundações, além de danos materiais, podem provocar doenças, como a leptospirose. Portanto, trata-se também de uma questão de saúde pública.
As enchentes constituem um grave problema no espaço das cidades, principalmente nos grandes centros urbanos. Geralmente, sua causa está relacionada com a acumulação da água das chuvas sem a existência de meios necessários para o seu escoamento. No entanto, nem todas as suas causas são antrópicas, ou seja, causadas pelo homem. Em alguns casos, essa é apenas uma ocorrência natural, que é intensificada pelo processo de urbanização desordenado e sem planejamento.
Muitos rios formam aquilo que chamamos de planícies de inundação. Esses cursos d'água dispõem de uma área nos limites de suas margens para as quais extravasam a sua vazão durante alguns períodos de fortes chuvas. O problema é que, graças à expansão urbana acelerada, algumas dessas áreas de inundação são erroneamente ocupadas, causando inundações que chegam a deixar bairros inteiros embaixo d'água.
Esquema ilustrando a origem natural das enchentes
Casas e regiões inteiras podem ficar embaixo d'água
Podemos perceber então que a questão das enchentes e inundações nos centros urbanos é um típico caso de uma manifestação natural que é intensificada pela ação humana e pela forma com que ocorre o processo de uso e ocupação do espaço geográfico. Em linhas gerais, o uso irregular do espaço das cidades, sobretudo nas margens dos cursos d'água, está relacionado com as administrações municipais e com a ineficácia ou inexistência de um Plano Diretor plenamente adequado a essas questões. A melhor medida a ser tomada, nesse tipo de caso, é a remoção das famílias dessa zona de risco e o direcionamento de suas moradias para outras localidades.
Além das causas naturais, a elevação do volume do leito dos rios pode ser intensificada por ações como a impermeabilização do solo. Após as precipitações, as águas podem seguir três direções principais: para cima (quando evaporam), para baixo (quando infiltram) e horizontalmente (escoamento superficial). Quando as chuvas são muito intensas e a umidade é elevada, praticamente não há evaporação e, com a impermeabilização dos solos (com asfaltos e calçadas), as enxurradas tendem a aumentar e intensificar o poder das enchentes.
O problema da pavimentação das ruas e a cimentação de quintais e calçadas poderia ser atenuado pela correta instalação de sistemas de drenagem, que são meios para ajudar a conter ou a escoar o curso das enxurradas por meio de “bocas de lobo”, “piscinões” ou dutos para levar o excesso de água para outra localidade. No entanto, quando esses sistemas são ineficientes e mal construídos – geralmente por falta, desvio ou superfaturamento da verba pública –, ocorrem graves problemas nas épocas de chuva.
Para piorar a situação, muitas vezes esses sistemas de drenagem são prejudicados pelo excesso de lixo descartado de maneira incorreta, poluindo as cidades e entupindo valas que teriam a função de acumular água em vez de resíduos sólidos. A consequência é a elevação do nível das águas além do esperado.
Portanto, o problema das enchentes precisa ser combatido antes mesmo do período de chuvas, com incentivos públicos que visem à promoção de sistemas eficientes de drenagem, a avaliação das zonas de risco nas proximidades de rios e a ampliação de programas de conscientização pública, a fim de diminuir o descarte irregular de lixo nas ruas das cidades.
Repetem-se os eventos do ano passado na cidade.
O córrego do Onça transborda e coloca debaixo da água os bairros primeiro de maio e São Gabriel, além das áreas adjacentes. A avenida Cristiano Machado alagou em vários pontos.
Na avenida Nossa Senhora do Carmo, a obra do DNIT da trincheira do Shopping Ponteio virou um angu de terra, cimento e lama. A obra foi feita para PRIVILEGIAR os usuários do Shopping, de modo a obterem um acesso de retorno rápido para os bairros Sion, Serra, Belvedere e Mangabeiras. E a finalização dos condutos de drenagem foi inexistente.
No Gutierrez, uma erosão apressou um colapso da rede de água da Copasa, e os efeitos somados carregaram a terra que ajudava a proteger um muro de arrimo sob um prédio, abrindo uma vala.
As causas desembocam na falta de uma rede pluvial, aquela que escoa água de chuva, e que muitos confundem com a rede de esgoto. Água de chuva não deve carregar a rede de esgoto, e nem esgoto deve ser dirigido para rede pluvial.
Os últimos prefeitos de BH se preocuparam com a Prefeitura como um trampolim para o Governo do Estado, ou Ministério ou Senado. Nossos córregos não tem galerias com capacidade para receber um volume de água que era antes absorvido pelo solo mais o volume direto sobre seu leito. Tudo foi coberto por asfalto. Não existem mais áreas ajardinadas para absorver água em cada residência. Os sopés dos morros que poderiam absorver água foram ocupados por residências. Não existe mais área de absorção da água da chuva.
Belo Horizonte já está em estado de emergência.
A propaganda enganosa
Nos canais da TV aberta, a Prefeitura veicula, a peso de ouro, a campanha "Não pára de trabalhar", jactando-se de estar fazendo muita coisa. Simples bazófias. São artifícios de propaganda para enganar a população. Os fatos superam as promessas ou mentiras. A chuva mostra o despreparo da cidade e a fragilidade de sua infra-estrutura. Tudo continua do mesmo tamanho, e ainda colocam as vergonhosas placas para que o motorista evite determinadas ruas em dias de chuva. É um atestado de incomptetência
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Por Rodolfo Alves Pena
Graduado em Geografia
http://brasilescola.uol.com.br/geografia/enchentes.htm
http://www.aquafluxus.com.br/voce-sabe-qual-a-diferenca-entre-alagamento-e-inundacao/