Cientistas da usina nuclear de Fukushima Daiichi no Japão declararam estado de emergência já que um dos reatores está à beira de cair no oceano. Níveis letais de radiação foram  detectados ao redor do local. Cientistas  dizem que problema  decorre de um buraco causado por combustível nuclear derretido.
A nota alarmante veio pelo site antinews.in em 28 de Maio, 2017. Segundo ela,
Os níveis de radiação de até 530 Sieverts por hora foram detectados dentro de um Reactor  no complexo nuclear de Fukushima Daiichi danificado durante o desastre 2011. A notícia original é da mídia japonesa. Saiu nesta quinta-feira, citando o operador da usina, a Tokyo Electric Power Company (TEPCO).
Uma dose de cerca de 8 Sieverts é considerado incurável e fatal.

TEPCO, subsidiária da General Electric, uma das maiores empresas do mundo, ela saberia dos problemas e mesmo assim não agiu

Até agora esta informação foi pouco divulgada. O primeiro a fazê-lo foi o site http://wp.radioshiga.com, em Outubro de 2016. E afirma: “Isso poderia explicar a falta de cobertura de notícias que Fukushima recebeu nos últimos cinco anos? Há também evidências de que a GE sabia sobre o mau estado dos reatores, por décadas, e não fez nada.

Pacífico: mais radioativo que bombas nucleares dos USA causaram

O mesmo wp.radioshiga.com informa que: “No entanto, Fukushima não terá um impacto maior apenas na costa oeste da América do Norte, cientistas estão dizendo que o Oceano Pacífico, atualmente, está de 5 a 10 vezes mais radioativo do que quando o governo dos EUA detonaram inúmeras bombas nucleares no Pacífico, durante e após a Segunda Guerra Mundial.

Situação atual: Vida em Fukushima foi muito afetada

Apesar do tamanho da encrenca, matéria recente do Estadão (Janeiro, 2018) informa que “as autoridades dizem que a radiação liberada foi pequena e nenhum morador adoeceu ou morreu.”A província de Fukushima tinha 2 milhões de habitantes. Era considerada tranquila e turística, com belas paisagens de montanhas, castelos de samurais e comida boa. Mesmo assim, apesar do governo dizer que não há mais problemas, a população encolheu para 1,8 milhões de habitantes.”

Governo japonês gasta U$ 20 bilhões por ano para amenizar a situação na província de Fukushima

Hoje o principal desafio é como tirar o combustível nuclear derretido nos três reatores. Nunca foi feito um trabalho como esse antes. Cientistas japoneses e estrangeiros  se uniram na busca de uma solução, mas os avanços são lentos.

De 30 a 40 anos para desarmar “armadilha mortal”

O Estadão diz que “estima-se que pode levar entre 30 a 40 anos para a situação voltar ao normal. A população de Fukushima não aceita que a água que cobre os reatores seja jogada no mar, mesmo o governo garantindo que não está mais contaminada.”

Turismo e produção de alimentos eram o ponto forte de Fukushima

“Agora a província quer dar a volta por cima com novas indústrias. Com reatores desligados, aposta em usinas eólicas e geotérmicos para chegar a 100% de energia limpa até 2040. A província planeja instalar indústrias de alta tecnologia e campos de testes de robôs  nas cidades costeiras.”
Desastre de Fukushima em vídeo feito em 2016. Veja como ficou a região de Fukushima, uma produção da NHK. Destaques:
O acidente nuclear de Fukushima, em 2011, transformou as cidades vizinhas em uma terra desolada, tornando a área em uma “floresta radioativa”. Sem presença humana, a terra é ocupada por animais selvagens entre os quais macacos e javalis selvagens. Veja como a radiação afetou a vida selvagem, e o que isso acarreta para os seres humanos.

O Brasil pode ser atingido pela contaminação do Pacífico?

Bem, sobre isso, basta uma boa olhada nas correntes marinhas. Cedo ou tarde ela estará aqui. Resta saber se radiação ainda será capaz de provocar danos à vida marinha e ecossistemas.

 Ilustração de mapa das correntes marinhas mostram radiação do desastre de Fukushima

Por que muitas usinas nucleares estão à beira-mar como Fukushima e as brasileiras Angra 1 e 2?

Porque seus reatores nucleares esquentam demais necessitando muita, mas muita água fria para resfriá-los. Água fria retirada do mar…Lembrando que as usinas nucleares brasileiras Angra 1 e 2 ficam em Angra dos Reis, à beira-mar, pelo mesmo motivo (em breve também Angra 3 estará em funcionamento).

Fontes: 
https://marsemfim.com.br/desastre-de-fukushima-e-o-oceano-pacifico/
https://internacional.estadao.com.br/noticias/geral,fukushima-tenta-se-reerguer-sete-anos-apos-maior-tragedia-nuclear-do-japao,70002158674
 http://www.trueactivist.com/fukushima-radiation-has-contaminated-the-entire-pacific-ocean-and-its-going-to-get-worse/; http://www.telegraph.co.uk/news/worldnews/asia/japan/12189613/Fukushima-nuclear-plant-will-leak-radioactive-water-for-four-more-years.html; http://www.antinews.in/japan-declares-state-emergency-fukushima-reactor-falls-ocean/; http://internacional.estadao.com.br/noticias/geral,fukushima-tenta-se-reerguer-sete-anos-apos-maior-tragedia-nuclear-do-japao,70002158674; http://awarenessact.com/fukushima-has-now-contaminated-13-of-the-worlds-oceans-and-its-getting-worse/?=ta.